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Médicos municipários realizam manifestação contra corte de direitos em Porto Alegre

Médicos municipários se mobilizam contra corte de direitos (Foto: Divulgação)

Os médicos municipários de Porto Alegre e o Simers (Sindicato Médico do Rio Grande do Sul) passaram a última quarta-feira (19) em luta contra o que chamam de “terrorismo e assédio aos servidores promovidos pelo governo do prefeito, Nelson Marchezan Jr.”. Segundo os sindicalistas, a prefeitura tem ameaçado constantemente o funcionalismo com a promessa de atrasos, parcelamento de salários e perda de direitos, além da terceirização de serviços.

A paralisação começou com ato dos trabalhadores em frente ao HPS (Hospital de Pronto Socorro) no dia do aniversário de 71 anos da instituição. Os funcionários deram um abraço simbólico e cantaram parabéns para o hospital. De lá, seguiram em caminhada até o Paço Municipal, onde centenas de servidores protestaram contra os ataques do Executivo à categoria.

Representando o Simers, a diretora e médica plantonista do PACS (Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul), Clarissa Bassin, falou aos colegas sobre os direitos do funcionalismo. “Nós entramos pela porta da frente do concurso público e escolhemos servir o município de Porto Alegre. Os médicos foram os primeiros a ser terceirizados. No nosso serviço, quase a metade do grupo é de médicos terceirizados e essa é uma prática que vai se proliferar”, pondera Clarissa, lembrando que o cenário é verificado em outras cidades, como Cachoeirinha, que completa nesta quarta-feira 45 dias de greve.

Mobilização aconteceu nesta quarta-feira e tem novas ações planejadas (Foto: Divulgação)

De acordo com o Simers, médicos e demais categorias da saúde aderiram à mobilização. Tanto no Pronto Atendimento Bom Jesus quanto no Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul, foram atendidos apenas casos de emergência, em respeito à Lei de Greve.

O diretor do Simers e municipário, Jorge Eltz, explicou que o movimento é um alerta contra o desrespeito do prefeito Marchezan com os municipários. Também ressaltou que medidas como essa estão sendo tomadas em todo o Brasil. “O que se vê no país inteiro é um ataque aos direitos dos trabalhadores em todas as esferas, um verdadeiro desmonte do funcionalismo e, consequentemente, da saúde pública”, disse Eltz.

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