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70% das mulheres já desistiram de sonhos por falta de dinheiro, diz estudo

Apesar dos desafios, 88% das entrevistadas afirmaram que puderam sonhar mais alto do que suas mães e avós. (Foto: Reprodução)

Uma pesquisa revelou que 70% das mulheres já desistiram de um sonho por falta de recursos financeiros. O levantamento foi realizado pelo projeto “Sonhe Como Uma Garota”, idealizado pela produtora cultural Camila Alves em parceria com o Instituto Think Olga.

O estudo “Sonhe Como Uma Garota: uma análise intergeracional dos desejos femininos” investigou os sonhos de 1.080 brasileiras, de todas as regiões do Brasil, nas faixas etárias de 18 a 29 anos, de 30 a 49 anos e acima de 50 anos. Entre as perguntas feitas às entrevistadas, estavam questões sobre desejos atuais e da infância, além de sonhos para o futuro.

De acordo com o levantamento, 75% das entrevistadas já desistiram de algum sonho, sendo a falta de recursos financeiros o principal motivo do abandono. A discriminação também foi apontada como uma barreira, afetando a realização dos desejos de quase metade das entrevistadas (46%). As principais formas de discriminação relatadas foram o machismo e a desigualdade social.

Segundo o estudo, mulheres de classes sociais mais baixas sentem com mais intensidade o impacto da discriminação na realização de seus sonhos. Entre as entrevistadas das classes D e E, 50,4% afirmaram que o preconceito impactou negativamente sua capacidade de alcançar seus objetivos. Já entre as mulheres das classes A e B, esse percentual foi menor (37,1%).

O levantamento também revelou que o apoio familiar é considerado um fator essencial para a realização de sonhos. Um quarto das mulheres já abandonou um sonho por falta de suporte da família. No grupo geral, esse percentual é de 19%.

Para 70% das entrevistadas, sonhar era mais fácil na infância. Segundo o estudo, as mulheres desejam mais oportunidades e segurança para conquistar seus objetivos. Entre as principais demandas estão:

Apesar dos desafios, 88% das entrevistadas afirmaram que puderam sonhar mais alto do que suas mães e avós. O mesmo percentual destacou os impactos positivos das mudanças sociais e do movimento feminista nas oportunidades e possibilidades de novos sonhos.

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