O governo alemão não sabe o paradeiro de 13% dos 1,1 milhão de refugiados registrados no País, cerca de 130 mil pessoas, informou o ministério do Interior nessa sexta-feira, respondendo a uma requisição do partido de esquerda Die Linke. Segundo as autoridades, esses imigrantes não se apresentaram aos centros de acolhida para onde foram destinados, possivelmente por causa de um retorno ao país de origem, uma viagem a outra nação ou estejam vivendo ilegalmente.
O ministério apontou ainda que a Alemanha é ainda menos eficiente em mandar de volta os refugiados aos países europeus responsáveis por eles. De acordo com uma estimativa, o governo só solicitou a algum parceiro europeu para realocar um imigrante uma vez em cada dez casos no ano passado. Em 2014, isso acontecia com mais frequência.
De acordo com as normas do bloco europeu, a primeira nação do continente onde a pessoa chega deve se encarregar de registrá-la. No entanto, a recente crise migratória provocou um colapso, uma vez que a Grécia – a principal porta de entrada da União Europeia para os refugiados – recebeu, apenas em janeiro deste ano, mais de cem mil imigrantes, 21 vezes mais do que no mesmo mês de 2015. O governo estima que 1,1 milhões chegaram à Alemanha no ano passado, com muitos mais esperados para chegar nos próximos anos. (AG)
