Visão é de que a vitória de Le Pen poderia por água abaixo tudo que foi construído pelas gerações anteriores nas relações bilaterais. Por isso, políticos, inclusive Merkel, não escondem preferência por Macron.Em menos de dois anos, a Alemanha sofreu dois grandes choques na área de política externa: o Brexit, votação que determinou a saída do Reino Unido da UE (União Europeia), e a eleição de Donald Trump nos EUA.o é de que vitória de Le Pen poderia por água abaixo tudo que foi construído pelas gerações anteriores nas relações bilaterais. Por isso, políticos, inclusive Merkel, não escondem preferência por Macron.Em menos de dois anos, a Alemanha sofreu dois grandes choques na área de política externa: o Brexit, votação que determinou a saída do Reino Unido da UE, e a eleição de Donald Trump nos EUA. Mas o que aconteceria se também Marine Le Pen vencesse o pleito presidencial na França? Em Berlim, não se quer nem imaginar.
O certo é que se Le Pen conduzisse seu país para fora da zona do euro e do bloco europeu, também iria por água abaixo tudo que foi construído entre Alemanha e França por gerações anteriores. E também é difícil imaginar uma UE sem a França. O iminente Brexit já foi um golpe duro para o bloco europeu – no caso de um “Frexit” nada seria mais como antes.
Os prognósticos veem uma vitória clara de Emmanuel Macron. No entanto, como as previsões falharam totalmente tanto no referendo britânico quanto nas eleições americanas, os nervos em Berlim continuam à flor da pele – enquanto a chanceler federal alemã, Angela Merkel, faz um pouco de campanha eleitoral.
“É claro que se trata de uma decisão dos eleitores franceses, em que eu não me envolvo”, afirmou Merkel ao jornal Kölner Stadt-Anzeiger. “Mas que eu me alegraria com uma vitória de Emmanuel Macron, por ele representar uma consequente política pró-europeia, isso eu também digo.”