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A Anvisa proibiu a venda de gel de arnica, Sebo de Carneiro e Doutorzinho

Segundo o fabricante, o gel massageador seria indicado para câimbras, cólica menstrual e renal, dor de cabeça e garganta, além de dores musculares, reumáticas, estrias e celulite. (Foto: Reprodução)

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu a fabricação, a distribuição, a divulgação, a comercialização e o uso dos produtos cosméticos Gel Suavizante de Arnica 100g; gel para dores em geral Tarja Preta; Sebo de Carneiro Extra e Doutorzinho 250g, fabricados pela Cristóvão Silvestre dos Santos, cujo nome fantasia é Cri Cosméticos, por falta de autorização para funcionamento. A empresa tem sede em Arapiraca (AL).

Segundo o órgão, a medida de interesse sanitário é válida para todo o território nacional. Por conta disso, as unidades disponíveis nos pontos de venda devem ser apreendidas.

Segundo informações da Cri Cosméticos, o Gel Suavizante de Arnica seria indicado para câimbras, cólica menstrual e renal, dor de cabeça e garganta, além de dores musculares, reumáticas, estrias até celulite, além de torções, hérnias, sinusite e picadas de insetos.

O Sebo Carneiro Extra é usado para alívio das sensações de fadiga corporal, por meio da massagem. O Doutorzinho também é popularmente utilizado para alívio de dores musculares e cansaço.

Silicone industrial

A Anvisa proíbe o uso de silicone industrial na utilização de procedimentos estéticos. O silicone industrial não deve nunca ser utilizado no corpo humano e tem como finalidade a limpeza de carros e peças de avião, impermeabilização de azulejos, vedação de vidros, entre outras utilidades. Porém, o desvio de sua correta utilização, servindo como material para cirurgia plástica, por exemplo, é considerado crime e pode causar sérios riscos à saúde.

O silicone atende a uma vasta gama de aplicações industriais, comerciais e estética, razão pela qual existem diferentes apresentações do produto, que variam em forma e consistência.

Para aplicações estéticas, o silicone original é matéria-prima para inúmeros tipos de próteses e implantes (nunca na forma líquida) que precisam ser aprovados pela Anvisa e que devem ser manipulados por pessoas especializadas, habilitadas, e em hospitais com a estrutura necessária para atender o paciente da forma mais segura possível.

Riscos

O silicone dito industrial, que tem aspecto oleoso, se injetado no organismo pode gerar diversas anomalias, seja na hora da aplicação ou com o passar dos anos, como deformações, dores, dificuldades para caminhar, infecção generalizada, embolia pulmonar e, até mesmo, a morte.

Crime

A aplicação ilegal do silicone industrial no corpo humano é considerada crime contra a saúde pública previsto no Código Penal – exercício ilegal da medicina, curandeirismo e lesão corporal.

Orientação

A orientação para quem aplicou silicone industrial no próprio corpo é a de procurar um médico, mesmo que ainda não tenha sentido qualquer sintoma. Somente um médico especialista pode avaliar a gravidade de cada caso.

Uso profissional

Cabe ao profissional habilitado determinar a maneira mais adequada e segura para realizar o procedimento cirúrgico e avaliar as orientações técnicas de uso correto do produto.

Certificação

Vale ressaltar que todos os produtos usados em procedimentos médicos e estéticos em comercialização no Brasil precisam ter registro na Anvisa, órgão responsável pela avaliação quanto à segurança, eficácia e qualidade dos itens. Somente após a análise técnica, esses produtos são liberados para venda e o uso, visando a proteção do paciente e do consumidor. Sem essa certificação, o produto se torna irregular no país.

Como saber se um produto é aprovado?

Para saber se um produto é registrado e aprovado no Brasil, consulte o sistema de produtos regularizados no site da Anvisa ou entre em contato com a central de atendimento pelo telefone 0800-6429782 ou por um dos Canais de Atendimento da Anvisa para esclarecer questões relacionadas a medicamentos, insumos farmacêuticos, cosméticos, alimentos, entre diversos outros temas.

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