A Receita Federal registrou em maio a menor queda na arrecadação do ano, o que levou o órgão a prever que os números podem voltar a ficar positivos em alguns meses. A arrecadação federal teve queda real (descontada a inflação) de 4,81% no mês passado, comparado ao mesmo período de 2015. Pela primeira vez neste ano, foi registrado um resultado que representa melhora em relação à média de 2015, que foi uma perda de 5,6%. Nos meses de janeiro, março e abril, a queda ficou próxima de 7%. Em fevereiro, superou 10%.
Maio mostrou resultados melhores, principalmente, nos tributos sobre o lucro das empresas, com destaque para o setor financeiro, cujo pagamento de IR/CSLL cresceu 82% além da inflação em relação a maio de 2015. O chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita, Claudemir Malaquias, afirmou que é cedo para falar em recuperação. Disse, entretanto, que o “ponto de inflexão”, a partir do qual a arrecadação voltará a crescer, pode estar próximo. Maio foi o 14 mês seguido de queda real nas receitas.
A última projeção da União indica queda real de cerca de 5% na arrecadação deste ano para as receitas administradas pelo Fisco. A queda nesses tributos está em 6,7% no acumulado até maio, o que significa que se espera uma recuperação no segundo semestre.