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“A burocracia foi criada para evitar fraudes, mas se tornou excessiva”, diz o governador gaúcho nos Estados Unidos

A viagem de Leite aos EUA não teve custos para o governo do Estado. (Foto: Reprodução/Palácio Piratini)

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, participou na sexta-feira (15), na Universidade de Columbia, em Nova York (EUA), do painel intitulado “O desafio da elaboração de políticas públicas baseadas em evidências”. Leite falou sobre a situação fiscal do Estado, a experiência como prefeito de Pelotas e os desafios que, como governador, encontra na gestão pública.

Ele citou o excesso de burocracia do sistema público brasileiro como um entrave à implementação de políticas públicas. “A burocracia foi criada para evitar fraudes, mas se tornou excessiva. O governante não consegue transferir a visão pela qual foi eleito para que a máquina corresponda à forma que pretende governar. É um grande desafio fazer com que a máquina pública seja menos um insulamento democrático e as evidências sejam priorizadas”, afirmou.

“Se há poucos recursos, como é o caso do Estado que governo, e uma vez que isso se reflete em uma capacidade de investimento baixa, as ações que precisamos empreender precisam ser de uma assertividade ainda maior. É preciso ter uma agenda clara. Saber aonde se quer chegar, como se quer chegar e traçar o caminho necessário para isso, a fim de que as prioridades de um governo não se percam em meio às pressões de terceiros que, por sua vez, também têm prioridades. Se não houver uma agenda prioritária, é fácil se perder no meio do caminho”, declarou o governador.

O painel do qual Leite participou foi um dos últimos do evento realizado na universidade norte-americana, que começou na quinta-feira (14) e abordou temas como educação, segurança pública e inclusão social. A viagem do chefe do Executivo estadual aos Estados Unidos foi inteiramente custeada pelos organizadores do evento.

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