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Brasil A Caixa corta juros no crédito imobiliário e vai renegociar dívidas de 600 mil famílias. Entre as opções está usar o saldo do FGTS para diminuir a prestação ou mudar o vencimento

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Mutuário poderá usar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço para quitar até três parcelas atrasadas. (Foto: Bruno Peres/Ministério das Cidades)

A Caixa Econômica Federal vai cortar juros no crédito imobiliário e oferecer novas alternativas para renegociação de financiamento habitacional em atraso, em mutirão que inclui imóveis do MCMV (Minha Casa, Minha Vida), anunciou o banco público nesta quarta-feira (05).

As reduções de taxas ocorrem tanto no SFH (Sistema Financeiro de Habitação), para imóveis até R$ 1,5 milhão e que permite o uso do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), quanto no SFI (Sistema Financeiro Imobiliário), para aqueles acima desse valor e sem a possibilidade de uso do Fundo.

No SFH, a taxa para clientes com conta na Caixa caiu de TR (Taxa Referencial, hoje zerada) + 8,75% para TR + 8,5%. No SFI, a redução foi de TR + 9,75% para TR + 8,5%, também para correntistas do banco. Ambas começam a valer a partir de segunda-feira (10). A taxa Selic está em 6,5% ao ano.

“A grande mensagem aqui é que estamos igualando o funding, seja da classe média ou da classe com um pouco mais de poder aquisitivo. A partir da classe mais baixa de renda, a taxa é igual para todo mundo, seja renda média ou renda um pouco superior”, afirmou Pedro Guimarães, presidente do banco, em coletiva. “Tiramos a distorção entre classe do SFH, de média renda, para uma classe média um pouco mais alta.”

O banco também prevê oferecer a futuros clientes a tabela Price no financiamento imobiliário. Essa opção reduz em até 15% a parcela inicial do financiamento, mas mantém os valores das prestações iguais ao longo do empréstimo. Na tabela SAC, usa pela Caixa, a primeira prestação era mais elevada, mas o valor ia diminuindo durante o financiamento.

Nas próximas semanas, a Caixa vai detalhar uma nova modalidade de crédito, na qual os juros serão atrelados ao IPCA (índice oficial de preços), e não à TR, como ocorre hoje, indicou Guimarães. A ideia é facilitar a venda dessa carteira de crédito pela securitização desses empréstimos. Com um indexador como o IPCA, os bancos podem fazer o hedge (proteção) comprando títulos públicos atrelados ao IPCA (Índice de Preço ao Consumidor Amplo). No caso da TR, não há um título federal que use essa taxa como indexador, explicou Guimarães.

O banco ainda decidiu ampliar as formas de renegociação de financiamento imobiliário atrasado. Cerca de 600 mil famílias, ou 2,3 milhões de clientes, poderão regularizar o imóvel atrasado, segundo estimativas do banco. Ao contrário do que fez com o crédito comercial, em que a campanha de renegociação vai durar 90 dias, o banco não estabeleceu prazo para encerrar o mutirão de dívida habitacional.

A Caixa espera recuperar R$ 1 bilhão com a regularização, de um universo de R$ 10,1 bilhões de dívidas em atraso de 5,2 milhões de contratos ativos –entre eles, do programa Minha Casa, Minha Vida, embora o banco não detalhe o número total desses imóveis na renegociação.

Ao quitar as pendências, defende, essas pessoas voltam a consumir – em um momento em que o governo precisa de uma ajuda para a retomada da economia, após o PIB (Produto Interno Bruto) recuar 0,2% no primeiro trimestre do ano.

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