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A campanha do MDB vai apostar nas reformas: defende mudança na Previdência e critica o Ministério Público e o Poder Judiciário

(Michel Temer e Henrique Meirelles deverão ser os protagonistas do encontro do MDB. (Foto: Marcos Corrêa/PR)

O discurso que o MDB vai reproduzir durante a campanha presidencial reúne ações que o governo de Michel Temer conseguiu implementar, como o ajuste fiscal e a PEC do teto dos gastos, e fracassos políticos, a exemplo da reforma da Previdência. O partido vai lançar, nesta terça-feira, o documento “Encontro com o futuro” e deve confirmar Meirelles como único pré-candidato da sigla. A peça sustenta a importância do equilíbrio das contas públicas e propõe um aprofundamento na agenda reformista ao defender a redução das despesas obrigatórias da União.

O manual que servirá de base para a campanha foi elaborado pela Fundação Ulysses Guimarães, mantida pelo MDB e presidida pelo ministro de Minas e Energia, Moreira Franco.

Conforme o jornal O Globo, há também diversos elogios para resultados surgidos após a mudança implementada por Temer na política econômica, como a redução da taxa de juros para 6,5% e a inflação, que terminou 2017 em 2,95%.

Sobre o desemprego, que continua subindo, o texto ressalva que “a recuperação do emprego nas economias atuais, por uma série de razões, é mais lenta que a recuperação do PIB (Produto Interno Bruto)”. Sem recorrer a prazos, o documento afirma que, “em breve, o emprego começará a reagir de forma mais forte e os índices de pobreza começarão a recuar, encerrando este longo inverno recessivo”.

O documento avança na discussão sobre a questão orçamentária e sugere mudanças na lei ao citar que as despesas obrigatórias do governo podem chegar a 105% da receita líquida do governo.

“Para que o equilíbrio fiscal seja possível, será necessário, acima de qualquer outra medida, mudar as regras que determinam essas despesas. Em especial as previdenciárias, que já representam mais da metade da despesa primária e, também, as regras que regulam os custos do serviço público em geral”, diz o documento.

Além da defesa da reforma da Previdência, o texto traz reflexões sobre o tamanho do Estado. Os argumentos são favoráveis à presença do governo apenas em áreas essenciais, “para eliminar gastos desnecessários ou redundantes”. O papel governamental seria fornecer o ambiente necessário para estimular a competição e atrair investimentos privados.

“O crescimento baseado no aumento da força de trabalho e na intervenção do Estado no setor produtivo se esgotou. A população começa a envelhecer rapidamente, e a capacidade fiscal dos governos está exaurida. O crescimento vai depender agora da iniciativa privada”, afirma o texto.

 

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