Peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli concluíram que é falsa a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) apresentada pelo jogador Bruno Henrique, do Flamengo, em uma blitz no fim de fevereiro. O laudo da perícia atestou que tanto a cédula do documento quanto o número do registro da habilitação foram forjados.
Após prestar depoimento por mais de duas horas sobre a carteira de motorista falsa apresentada por ele em uma blitz no mês passado, o atacante do Flamengo Bruno Henrique deixou a 16ª delegacia, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, sem falar com os jornalistas.
O advogado dele deu uma rápida declaração. “O Bruno apresentou a carteira de boa fé. Os detalhes da investigação não podemos dar no momento”, disse o advogado Ricardo Pieri.
De acordo com a defesa, a perícia ainda não foi acrescentada à investigação. Questionado sobre o laudo que comprova a falsificação, ele disse que as investigações prosseguem.
Ao chegar, o atacante também não deu declarações. Ele estava acompanhado do vice-jurídico do clube, Rodrigo Dunshee. Bruno Henrique jogou contra o Barcelona de Guayaquil na noite de quarta-feira (11).
De acordo com informações da polícia, o jogador poderá ser indiciado por uso de documento falso, que prevê pena de até 6 anos de reclusão.
Por volta de 15h20, quando o atleta já prestava depoimento por cerca de 1h30, um pequeno torcedor do Flamengo, um garoto de 11 anos, chegou à delegacia com uma camisa do Flamengo para esperar a saída do atacante e conseguir um autógrafo.
Na saída da delegacia, Bruno Henrique posou para uma foto e ouviu de um torcedor: “Fala, Bruno, tá com a habilitação em outro patamar”.
Relembre o caso
O atacante do Flamengo foi parado em uma blitz da Lei Seca na madrugada de 29 de fevereiro na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.
Aos agentes, Bruno Henrique apresentou uma carteira de habilitação de São Paulo, cujos dados não constavam no sistema de informática do Detran-RJ.
O atacante se recusou a realizar o teste do bafômetro, para descobrir se havia traços de álcool no sangue, no momento em que foi abordado.
Segundo o Programa Lei Seca, Bruno Henrique foi multado por dirigir sem habilitação válida e por ter se recusado a fazer o teste do bafômetro. Depois, o atacante apresentou um condutor habilitado e retirou o veículo da blitz. As informações são do portal de notícias G1.
