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A China já tem menos casos locais de coronavírus, mas vê a chegada de viajantes infectados

Homem de máscara no saguão do aeroporto de Pequim. (Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

A China relatou queda de novas infecções de coronavírus no domingo (15), mas grandes cidades como Pequim e Xangai continuam a enfrentar casos de viajantes infectados que chegam do exterior.

O país teve 16 infecções novas de coronavírus no domingo, disse a Comissão Nacional de Saúde nesta segunda-feira, menos do que as 20 do dia anterior, elevando o total do território continental a 80.860 pessoas.

Doze delas são infecções importadas, excedendo pelo terceiro dia o número de transmissões domésticas.

Pequim respondeu por quatro infecções, a província de Guangdong, no sul, por quatro, e o polo comercial de Xangai por duas, uma em Yunnan, no sudoeste, e outra em Gansu, no noroeste — o que elevou a soma de infecções importadas para 123.

A China endureceu as verificações de viajantes internacionais, e a capital Pequim ordenou que qualquer pessoa chegando do exterior passe 14 dias em suas instalações de quarentena a partir desta segunda-feira.

A nação suspendeu as partidas de navios zarpando de portos do território continental para cruzeiros internacionais, além de rotas para a Coreia do Sul e o Japão, de acordo com comentários feitos em uma coletiva de imprensa do Conselho Estatal, ou gabinete, nesta segunda-feira.

A soma de mortes causadas pelo surto na China estava em 3.213 até domingo, 14 acima do dia anterior. Em Hubei houve 14 mortes novas, 13 em Wuhan, o epicentro da epidemia.

Agora que o crescimento no número de casos novos diminui, a China está aumentando a doação de suprimentos a outros países.

Organização Mundial de Saúde

Os números de casos e de mortes por Covid-19 fora do território chinês já ultrapassaram os registrados na própria China, afirmou o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, nesta segunda-feira (16).

Segundo monitoramento da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, foram registradas, em todo o mundo, 7.074 mortes pela doença. Dessas, 3.217 ocorreram na China.

Outras 3.857 ocorreram fora do território chinês, a maioria delas na Itália: 2.158 (56%). Depois, os países com mais vítimas fatais foram o Irã, com 853 mortes; a Espanha, com 335; a França, com 127; a Coreia do Sul, com 75; e os Estados Unidos, 71.

Quanto ao número de casos, segundo o monitoramento da Hopkins, foram registrados 179.073 em todo o mundo; desses, 81.032 ocorreram na China (45,2%). As informações são da agência de notícias Reuters e do portal de notícias G1.

 

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