Sexta-feira, 29 de março de 2024
Por Redação O Sul | 30 de novembro de 2018
O consumidor de energia elétrica terá mais um alívio no bolso em dezembro. Depois de a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) adotar uma sobretaxa mais barata na conta em novembro, neste mês ela será zerada.
O órgão regulador de energia anunciou nesta sexta-feira (30) a volta da bandeira verde, que havia vigorado pela última vez em abril.
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado para que a Aneel possa compensar o custo maior da energia durante os períodos de estiagem, quando há necessidade de ativar usinas termelétricas, de custo mais elevado.
Conforme a agência reguladora, apesar de os reservatórios ainda apresentarem níveis reduzidos, a expectativa é que a estação chuvosa continue promovendo elevação do nível de produção de energia pelas usinas hidrelétricas.
“Mesmo com a bandeira verde é importante manter as ações relacionadas ao uso consciente e combate ao desperdício de energia elétrica”, destacou a agência.
Em maio, com o fim das chuvas, entrou em vigor a bandeira amarela, que adiciona à conta de luz R$ 1 a cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos. Nos cinco meses seguintes, o consumidor foi punido com a sobretaxa máxima, a da bandeira vermelha nível 2, que acresce R$ 5 a cada 100 kWh na tarifa.
O alívio começou em novembro, com a volta da bandeira amarela. Com o barateamento da energia elétrica, somado à redução nos preços dos combustíveis, analistas não descartam a possibilidade de o país ter registrado deflação em novembro, no índice oficial (IPCA).
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado para sinalizar aos consumidores os custos reais da geração de energia elétrica. A adoção de cada bandeira, nas cores verde (sem cobrança extra), amarela e vermelha (patamar 1 e 2), está relacionada aos custos da geração de energia elétrica.
Quando chove menos, é preciso acionar usinas térmicas, que são mais caras que as hidrelétricas. Todo o custo extra é repassado para os consumidores.
Desde abril deste ano, a bandeira verde não era aplicada nas contas. Com o forte período seco, o país passou cinco meses com a bandeira vermelha no segundo patamar. Essa é a mais cara de todo o sistema e significa uma cobrança de R$ 5 a cada 100 kWh consumidos.
Como voltou a chover na região das hidrelétricas, o governo conseguiu desligar usinas térmicas que pesavam no sistema e, com isso, deixar a bandeira verde.