Ícone do site Jornal O Sul

A descoberta do Titanic fez parte de uma expedição militar secreta

Nos últimos 110 anos, poucas tragédias humanas foram tão esmiuçadas quanto o naufrágio do Titanic. (Foto: Reprodução)

O americano que encontrou os destroços do Titanic, em 1985, revelou que a descoberta não foi resultado de uma expedição puramente científica, como se acreditava. Em entrevista à rede CNN, Robert Ballard disse que a operação foi parte de uma missão militar secreta para recuperar dois submarinos nucleares que tinham afundado nos anos 1960.

Ballard, que na época era comandante da Marinha dos EUA e cientista de uma instituição oceanográfica, disse que só conseguiu o financiamento para procurar o Titanic com a condição de que buscasse primeiro os submarinos USS Thresher e USS Scorpion.

Segundo ele, a busca pelo Titanic era vista como uma forma de encobrir o objetivo real da expedição. Em uma reportagem do New York Times da época da descoberta, oficiais negavam a existência do outro projeto. ​Ballard contou que teve que manter segredo sobre o tema até agora, quando as informações deixaram de ser confidenciais.

Ele disse à CNN que a localização dos submarinos era conhecida, mas o governo queria evitar que os russos acessassem armas nucleares que estavam dentro de um dos submarinos e também se preocupavam com os danos que os reatores nucleares provocavam ao meio ambiente.

Após a equipe terminar de explorar o Scorpion e o Thresher, eles tiveram apenas 12 dias para buscar o Titanic. O famoso navio de luxo, que naufragou em 1912, foi encontrado no fundo do oceano Atlântico, a uma profundidade de cerca de 3.800 metros.

Turistas poderão visitar os restos do Titanic em 2019, levados por um submarino construído por uma companhia americana por 84 mil euros o passeio, o que equivale R$ 372 mil. A visita durará sete horas e poderá ser feito por 9 pessoas maiores de 18 anos.

A OceanGate usará um submarino tripulado construído para a missão, batizado de Titan, cujos testes foram feitos no mar das Bahamas. Com um visor de 53 centímetros de diâmetro, o equipamento terá capacidade para cinco pessoas (um piloto, um especialista que dará informações sobre o naufrágio e três passageiros).

Estão previstas seis viagens, cada uma delas com vaga para nove turistas. A primeira está agendada para o período de 26 de junho a 7 de julho e a última, de 1º a 12 de agosto. ​Os passageiros sairão do Canadá e irão de helicóptero até o navio de apoio, localizado na área onde estão os destroços. A previsão é que se gaste seis horas no submarino, três delas para subida e descida. A tripulação vai colaborar com cientistas em pesquisas, coletando imagens em vídeo e escaneando os destroços para criar um modelo virtual em 3D do navio naufragado.

A história do que realmente aconteceu está sendo contada por uma exposição no National Geographic Museum, em Washington (EUA).

Sair da versão mobile