No anúncio de final de ano do chinelo tomou conta das redes sociais nesta semana, a atriz da malfadada publicidade primeiro tenta fazer um jogo de palavras de “pé direito”, um desastre, mas o que me chamou atenção mesmo foi a “guilhotina” aplicada na mais importante das ações humanas que é a boa sorte!
Afirma a atriz em sua fala: “Até porque sorte é sorte, e não depende de você!”
A sorte atribuída pela apresentadora seria como uma bênção do acaso que não depende de seu esforço ou suas atitudes. Algo muito distante da realidade, do sonho de alguém ou seja, você só vai se dar bem se tiver sorte!
A sorte do bilhete premiado na loteria, sim é pura sorte, mas esse tipo de sorte não deve e não pode estar na essência de quem realmente quer prosperar na vida.
Contar com a sorte pura e simples nunca foi um bom negócio.
A diferença está em agir com boa sorte!
Uma atitude que nasce no silêncio da alma se fortalece no esforço individual e normalmente no puro anonimato.
Os desfechos destas ações são coroadas com objetivos alcançados pelo que se atribui como a boa sorte!
Alguém que conseguiu uma ótima oportunidade de trabalho, foi sorte? Ou a pessoa estudou e se preparou para alcançar?
Alguns irão dizer:
“Que cara de sorte esse!!”
Quem tem atitude é beneficiado pela boa sorte, que conserva para vida toda como um estilo. A boa sorte jamais abandona seu dono.
Tanto na vida pessoal como profissional, devemos estar sempre prontos, agir com boa vontade, ser visto como alguém que enfrenta dificuldades sem se considerar uma vítima, tem invariavelmente como resultado prático o prêmio da boa sorte.
As chances de sucesso na vida para menos afortunados não se restringem ou dependem exclusivamente de sorte pura e simples, como diz a atriz.
É sim, mais difícil e muito mais desafiador para os menos afortunados, mas não é sorte!
É esforço e dedicação, jamais podemos ignorar os sonhos e aspirações do ser humano, mesmo que seja natural dos humanos a tendência de colocar a culpa das nossas dificuldades nos outros.
A boa sorte nos negócios, nos serviços, no emprego não dependem só do mercado ou do patrão.
Depende muito da própria pessoa criar as circunstâncias para atrair para si confiança, atitude positiva e competência no seu negócio (si próprio) mesmo que seu negócio dependa do negócio de outros.
Quanto à polarização política que vivemos, sugiro que subamos um degrau.
Os da “direita” devem estar atentos para reconhecer que conhecimento, saúde e segurança não são produtos acessíveis só para quem pode pagar. Todos devem ter esse DIREITO!
Aos da “esquerda” devem reconhecer que mérito, disciplina e esforço pessoal são DEVERES de todos nós!
Se você tiver a boa sorte de começar a pensar que um ano bom não tem nada a ver com o pé direito ou esquerdo ou da cor da roupa e compreender que o ano começa todos dos dias, você será um sortudo!
Bom ano e Boa Sorte!
(Rogério Pons da Silva – jornalista e empresário – rponsdasilva@gmail.com)
