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A Estação Espacial Internacional receberá três turistas já no ano que vem

Cada passagem custará R$ 256,5 milhões e inclui oito dias a bordo da ISS (Foto: Reprodução)

A SpaceX anunciou um acordo com a startup texana Axiom Space para levar três astronautas à Estação Espacial Internacional (ISS) em 2021. A viagem será feita a bordo da cápsula tripulada Crew Dragon, impulsionada por um foguete Falcon 9.

Esta será a primeira viagem totalmente privada à ISS. Os sete turistas de missões anteriores voaram a bordo de cápsulas Soyuz operadas pela Roscosmos, a estatal responsável pelo programa espacial russo.

Os passageiros passarão dois dias em trânsito entre a Terra e a ISS, e oito dias a bordo da estação, compartilhando espaço com os astronautas que trabalham lá. Cada passagem custará “apenas” US$ 55 milhões (cerca de R$ 256,5 milhões) e um dos lugares já foi vendido.

Em meados de fevereiro, a SpaceX anunciou outro acordo, desta vez com a Space Adventures, para uma missão que irá levar quatro passageiros em um voo orbital com duração de cinco dias. A expectativa é de que o voo ocorra também em 2021.

Além disso, a SpaceX tem um contrato com o milionário japonês Yusaku Maezawa para um voo circumlunar (ao redor da Lua). Maezawa chegou a anunciar no Twitter que estava procurando uma “companheira” para compartilhar a experiência, mas depois desistiu da ideia e rejeitou mais de 27 mil propostas de mulheres de todo o mundo.

A cápsula Crew Dragon, componente crucial em todos estes voos, completou com sucesso seu último teste do sistema de escape em janeiro deste ano. A SpaceX espera realizar o primeiro voo tripulado, levando astronautas da Nasa à ISS, em 7 de maio.

Torção da Via Láctea

Desde a década de 1950, os astrônomos defendem a teoria de que a Via Láctea tem uma torção, sendo um pouco mais elevada de um lado e rebaixada do outro. Agora, graças às informações obtidas pelo telescópio Gaia, pode ser que os especialistas finalmente compreendam o motivo desse fenômeno.

Uma equipe de cientistas italianos e alemães confirmou a hipótese de que essa distorção não é estática, mas muda sua orientação ao longo do tempo. Chamado de precessão, o fenômeno pode ser comparado à oscilação de um pião à medida que seu eixo gira.

Em artigo publicado na Nature Astronomy, os astrônomos explicam que a velocidade de precessão da Via Láctea é muito mais rápida do que o campo magnético intergalático ou a matéria escura permitiriam. Sendo assim, essa torção deve ter sido causado por outro fator mais poderoso – provavelmente uma colisão com outra galáxia.

“Medimos a velocidade da torção comparando os dados com nossos modelos. Com base na velocidade obtida, a torção completaria uma rotação em torno do centro da Via Láctea em um período entre 600 a 700 milhões de anos”, disse Eloisa Poggio, principal autora do estudo, em comunicado. “Isso é muito mais rápido do que o esperado com base em previsões de outros modelos.”

A velocidade, no entanto, é mais lenta que a órbita de estrelas (o Sol completa uma rotação em cerca de 220 milhões de anos). Então, para investigar melhor o fenômeno, a equipe criou um modelo em 3D da nossa galáxia, o que permitiu aos astrônomos determinar com precisão as posições de mais de 1 bilhão de estrelas no céu.

“É como ter um carro e tentar medir a velocidade e a direção da viagem desse carro por um período muito curto de tempo e, com base nesses valores, tentar modelar a trajetória passada e futura do veículo”, exemplificou Ronald Drimmel, coautor do estudo. “Se fizermos essas medições para muitos carros, poderemos modelar o fluxo de tráfego. Da mesma forma, medindo os movimentos aparentes de milhões de estrelas no céu, podemos modelar processos em larga escala, como o movimento da torção.”

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