Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 3 de agosto de 2018
A família de Steve McQueen entrou com ações judiciais contra a companhia italiana Ferrari, acusando-a de ter utilizado indevidamente o nome do ator americano para promover um de seus modelos de automóvel. As informações são da agência de notícias AFP.
Para celebrar seu septuagésimo aniversário (1947-2017), a Ferrari lançou uma série especial relacionada com modelos ou personalidades icônicas associadas à marca.
Lançada em 2016, a linha incluía um modelo chamado “The McQueen”, inspirado em uma Berlinetta Lusso 250 GT, modelo do qual o ator possuía um exemplar.
No documento das ações, consultado nesta quarta-feira (1°) pela reportagem, a família afirma que nunca autorizou a Ferrari a usar o nome de Steve McQueen, que morreu prematuramente em 1980, aos 50 anos.
Ao usar indevidamente o nome do ator, a fabricante italiana de automóveis “conseguiu um volume de negócios e lucros significativos”, afirma o documento apresentado na última segunda-feira (30), em um tribunal de Los Angeles.
Depois do lançamento, a Ferrari mudou o nome do modelo, que já não se chama “The McQueen” e sim “The Actor”, mas a família argumenta que a empresa continua se referindo ao intérprete na descrição do automóvel.
A família McQueen pede à corte que ordene à Ferrari que deixe de usar o nome do ator e apresente o volume de vendas e os lucros gerados pelos modelos em que o nome e a imagem do ator foram usados.
Além disso, eles pedem o pagamento do total desses lucros, além de danos morais, na quantia de pelo menos US$ 3 milhões (R$ 11,2 milhões). Procurada, a empresa não quis comentar o caso.
Réplicas
Sabe aquela Ferrari do filme “Curtindo a vida adoidado”? Então, ela não era de fato uma das poucas Ferrari 250 GT produzidas em 1961, como diz o personagem Cameron, interpretado por Alan Ruck.
Para as gravações na rua, o diretor John Hughes usou duas “réplicas” feitas nos Estados Unidos, chamadas de Modena Spyder California.
Uma delas será vendida em um leilão nos Estados Unidos no final de agosto. A casa de leilões Mecum não estima um valor para o modelo.
Na última vez que um desses carros trocou de mãos, ainda em 2013, o comprador desembolsou US$ 230 mil (cerca de R$ 870 mil na conversão atual).
Ainda assim é muito menos do que uma verdadeira Ferrari 250 GT Spyder California, que já chegou a US$ 8,5 milhões (R$ 32 milhões), em 2012.