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A França volta atrás e passa a aceitar o ingresso de pessoas do Reino Unido no país

Até agora, pouco mais de 25 milhões de franceses receberam pelo menos uma dose da vacina contra a Covid-19. (Foto: Reprodução)

A França irá reabrir suas fronteiras para passageiros vindos da Inglaterra nesta quarta-feira (23), encerrando um bloqueio que tinha a intenção de conter a propagação de uma nova variante do coronavírus, mas que deteve milhares de caminhões antes do Natal.

Vários países no mundo fecharam suas fronteiras para o Reino Unido após uma nova variante do coronavírus significativamente mais transmissível ser descoberta se espalhando rapidamente pelo sul da Inglaterra.

Com filas de caminhões se estendendo até o horizonte na Inglaterra e com as prateleiras dos supermercados vazias poucos dias antes do Natal, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, lutou para conseguir com que o presidente francês, Emmanuel Macron, levantasse o bloqueio aos caminhões direcionados ao Reino Unido.

Na noite de terça-feira um acordo foi alcançado com o governo da França para permitir que franceses e outros moradores da União Europeia retornassem para casa, contanto que eles tenham um teste negativo de covid-19 feito há menos de 72 horas.

O Reino Unido informou que começaria a distribuir testes em várias locações nesta quarta-feira, mas alertou que o processo levaria tempo.

Os caminhoneiros receberam instruções para não se dirigirem para a região de Kent, onde as principais ligações com os sistemas ferroviários e balsas.

Comissão Europeia

Para evitar uma crise de abastecimento, a Comissão Europeia pediu que os países do bloco suspendam o bloqueio total ao Reino Unido e garantam o trânsito de produtos. Os britânicos começaram a ficar isolados depois de identificarem uma nova variante do coronavírus no país.

O governo britânico afastou a possibilidade de desabastecimento maior. Alguns não compraram essa ideia.

Mas a situação tende a melhorar, a Comissão Europeia recomendou a reabertura das fronteiras, só que pediu para todos evitarem viajar para o Reino Unido. Os viajantes teriam duas condições: testes antes ou quarenta depois de saírem do território britânico. A pessoa decidiria o método.

Os transportadores de carga estariam livres dos testes. Mas se um dos 27 países-membros insistir, a comissão europeia recomenda que o exame do motorista seja do tipo rápido, para a carga seguir viagem.

Os países-membros não são obrigados a seguir essas recomendações. Mas os governos nacionais vão discutir a proposta. A ideia é que nada interrompa o fluxo de mercadorias, principalmente de vacinas.

A Organização Mundial da Saúde acha que é prudente limitar viagens para travar o contágio até haver mais informações sobre a variante do vírus. Mas também pediu caminho livre para remédios e comidas.

A OMS e autoridades de saúde vêm afirmando que não há nenhuma evidência de que a nova variante do vírus seja mais grave, ou de que prejudique a eficácia das vacinas. O fundador da empresa BioNTech declarou que é altamente provável que a vacina desenvolvida com a Pfizer seja eficaz contra essa linhagem.

Ugur Sahin explicou que 99% da principal proteína do vírus não mudou nessa nova variante. Ele disse que, de qualquer forma, o laboratório alemão está testando a vacina contra a variante nova e vai ter certeza absoluta em duas semanas. Na pior das hipóteses, seria possível desenvolver uma vacina específica em seis semanas.

A Moderna e a AstraZeneca também anunciou que vai fazer testes. A opinião dos dois laboratórios não variou: a vacina deles também tem tudo para funcionar.

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