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A Globo corta parte do pagamento referente ao Brasileirão, e clubes ligam um sinal de alerta

Definições do Brasileiro 2020 devem ser apressadas. (Foto: Divulgação/CBF)

Depois de avisar aos clubes que suspendeu os pagamentos referentes aos campeonatos estaduais, em razão da pausa forçada pela crise mundial do novo coronavírus, a Globo tomou a mesma posição em relação à primeira parcela referente ao Campeonato Brasileiro, que representa 40% de toda a verba paga pelos direitos de transmissão.

Segundo apurou a reportagem essa verba é aquela dividida por igual entre todos os participantes da Série A – uma cifra em torno de 22 milhões de reais para cada clube, com 439 milhões de reais sendo distribuídos igualitariamente. Esse direito é pago em duas parcelas, uma prevista para março e a outra para abril (o pagamento do mês anterior já não havia sido efetuado).

A emissora carioca entendeu que não fazia sentido honrar esse pagamento neste momento, já que não se tem certeza de como será o formato da Série A, nem em que ritmo de calendário o Brasileirão será disputado neste ano. Fontes nos clubes consultadas pela reportagem confirmam a informação e admitem apreensão com o impasse.

Alguns times dependem dessa verba dividida pela Globo para honrar compromissos imediatos, como o pagamento de salários de jogadores. Por conta disso, discussões para definir como será o Campeonato Brasileiro prometem ser apressadas nas próximas semanas.

Para os clubes de São Paulo, o baque é ainda maior. A emissora ainda teria que pagar 62,5 milhões de reais de uma parcela dos direitos do Campeonato Paulista. Times do Rio Grande do Sul e Minas Gerais sofrem menos, na teoria, porque a emissora já pagou a cota integral para esses estaduais.

Vale ressaltar que executivos da Globo, atendendo a uma questão de alguns clubes, se posicionaram contra a mudança do formato do Campeonato Brasileiro dos pontos corridos para o mata-mata, em razão da projeção de diminuição de datas.

A Turner, que tem direitos de jogos do Brasileirão na TV paga, também não deseja a mudança de formato de competição. Ao todo, essas empresas injetam 1,8 bilhão de reais no Campeonato Brasileiro, combinando TV aberta, TV paga e pay-per-view.

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