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A inflação para o consumidor avançou na primeira semana de agosto

(Foto: Divulgação)

O IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal) apresentou variação de 0,20% na primeira semana de agosto. O resultado ficou 0,03 ponto percentual acima da taxa registrada na última apuração. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (08) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).

Nesta apuração, três das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Alimentação (-0,61% para -0,25%). Nessa classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de -20,54% para -14,44%.

Também registraram acréscimo em suas taxas de variação os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (0,27% para 0,28%) e Vestuário (-0,64% para -0,59%). Nessas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,25% para -0,14%) e blusa feminina (-1,41% para -0,42%), respectivamente.

Em contrapartida, apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos Habitação (1,08% para 0,97%), Educação, Leitura e Recreação (0,42% para 0,09%), Comunicação (0,24% para 0,11%) e Transportes (0,00% para -0,01%). Nessas classes de despesa vale citar os itens tarifa de eletricidade residencial (5,34% para 4,49%), passagem aérea (4,31% para -11,30%), tarifa de telefone móvel (0,66% para 0,35%) e tarifa de ônibus urbano (1,04% para 0,60%).

O grupo Despesas Diversas repetiu a taxa de variação de 0,05%, registrada na última apuração. As principais influências partiram dos itens cigarros (0,09% para 0,41%), em sentido ascendente, e serviço religioso e funerário (-0,06% para -0,46%), em sentido descendente.

Economia

O Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central), colegiado responsável por fixar os juros básicos da economia brasileira, informou na terça-feira (07), por meio da ata da sua última reunião – quando a taxa Selic ficou estável em 6,5% ao ano –, que, na ausência de “choques adicionais” sobre a economia, o cenário inflacionário deve revelar-se “confortável”.

Com a manutenção dos juros básicos em 6,5% ao ano na semana passada, a terceira consecutiva, a taxa Selic continuou no menor nível da série histórica do Banco Central, que teve início em 1986.

Como as decisões são tomadas

A definição da taxa de juros pelo BC tem como foco o cumprimento da meta de inflação, fixada todos os anos pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). Para 2018, a meta central de inflação medida pelo (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) é de 4,5% (com teto de 6,5%) e, para 2019, é de 4,25% (com teto de 5,75%). Quando as estimativas para a inflação estão em linha com as metas, o BC reduz os juros; quando estão acima da trajetória esperada, a taxa Selic é elevada.

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