O IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal) apresentou variação de 1% na segunda semana de junho, 0,30 ponto percentual acima da taxa registrada na semana anterior, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (18) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
Nesta apuração, seis das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Alimentação (0,83% para 1,37%). Nessa classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item laticínios, cuja taxa passou de 1,73% para 3,07%.
Também registraram acréscimo em suas taxas de variação os grupos Habitação (0,98% para 1,32%), Transportes (0,88% para 1,30%), Educação, Leitura e Recreação (-0,22% para -0,17%), Vestuário (0,56% para 0,76%) e Despesas Diversas (0,02% para 0,12%).
Nessas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens tarifa de eletricidade residencial (5,09% para 6,13%), gasolina (3,96% para 5,54%), excursão e tour (-1,49% para -0,91%), calçados (0,40% para 0,94%) e alimentos para animais domésticos (0,05% para 0,85%), respectivamente.
Em contrapartida, os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (0,62% para 0,56%) e Comunicação (0,21% para 0,19%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Nessas classes de despesa, as maiores contribuições partiram dos itens artigos de higiene e cuidado pessoal (0,53% para 0,13%) e pacotes de telefonia fixa e internet (0,87% para 0,40%).
IGP-10
O IGP-10 (Índice Geral de Preços – 10) variou 1,86% em junho, percentual superior à alta de 1,11% registrada em maio. Com esse resultado, o índice acumula alta de 5,09% no ano e de 6,17% em 12 meses. Em junho de 2017, o índice havia caído 0,62% e acumulava alta de 0,08% em 12 meses.
O IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) acelerou de 1,55% em maio para 2,50% em junho. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais subiram em média 1,80% em junho, ante 0,04% em maio. A principal contribuição para esse resultado partiu do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de -6,23% para 3,50%. O índice relativo a Bens Finais, que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, registrou alta de 0,96% em junho. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,33%.
A taxa do grupo Bens Intermediários avançou de 2,51% em maio para 2,84% em junho. A principal contribuição para esse movimento partiu do subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 1,71% para 2,18%. O índice de Bens Intermediários, obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, registrou alta de 2,11%. No mês anterior, esse índice havia subido 1,35%.
O índice do grupo Matérias-Primas Brutas passou de 2,24% em maio para 2,94% em junho. Contribuíram para a aceleração do grupo os seguintes itens: aves (-2,11% para 14,47%), milho em grão (2,61% para 6,61%) e cana-de-açúcar (-2,73% para -0,01%). Em sentido descendente, os movimentos mais relevantes ocorreram nos itens soja em grão (8,27% para 1,23%), leite in natura (5,33% para 4,69%) e cacau (11,26% para 6,46%).
