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A Itália vai doar cerca de 1 milhão de reais para ajudar os venezuelanos no Brasil

O ministro da Defesa interino, Joaquim Silva e Luna, fez vistorias nos novos abrigos destinados à população venezuelana no Estado de Roraima. (Foto: Divulgação)

A Itália doará 250 mil euros (cerca de 1 milhão de reais) para o Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados), com o objetivo de ajudar no combate à crise humanitária na fronteira entre Venezuela e Brasil. As informações são da agência de notícias Ansa.

O anúncio foi feito nesta terça-feira (27) pelo embaixador italiano em Brasília (DF), Antonio Bernardini, que está em visita a Roraima. “Hoje estou em Roraima para uma visita à fronteira com a Venezuela. A Itália anuncia uma contribuição de 250.000 euros ao Acnur para ajudar os refugiados venezuelanos no Brasil”, escreveu o diplomata no Twitter.

Além disso, a Itália dará a mesma quantia para o Acnur na Colômbia, país que, assim como o Brasil, vem recebendo dezenas de milhares de deslocados externos por causa da crise política, econômica e social na Venezuela.

“A cooperação italiana no Acnur permitirá o financiamento, seja na fronteira com o Brasil, seja com a Colômbia, atividades de primeira assistência em favor de civis venezuelanos – curas sanitárias e distribuição de gêneros de primeira necessidade –, com atenção particular para as categorias mais vulneráveis, como as crianças”, diz uma nota do Ministério das Relações Exteriores de Roma.

Em 2017, o Brasil registrou o número recorde de 33.865 pedidos de refúgio, sendo 17.865 (52,75%) de cidadãos venezuelanos. Além disso, do total de solicitações, quase 16 mil foram apresentadas no Estado de Roraima, que faz fronteira com a Venezuela.

Vistorias

O ministro da Defesa interino, Joaquim Silva e Luna, acompanhado do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, Sérgio Etchegoyen, esteve na segunda-feira (26) nas cidades de Pacaraima e Boa Vista, no Estado de Roraima, onde realizou vistorias nos novos abrigos destinados à população venezuelana que buscou o Brasil como refúgio.

Na visita a Boa Vista, o Exército garantiu que todos os venezuelanos serão retirados dos espaços públicos, sobretudo das praças Capitão Clóvis e Simon Bolívar, e acomodados em locais adequados. Com isso, a prefeita Teresa Surita afirmou que tais locais vão passar por revitalização, pois sua preocupação é devolver as praças para uso dos cidadãos boa-vistenses.

Além do abrigo que atualmente é mantido no bairro Jardim Floresta e que abriga cerca de 260 pessoas, o Exército também deve executar mudanças nos já existentes nos bairros Tancredo Neves, Pintolândia e Hélio Campos, com estrutura para atender de 1.500 a 3.000 pessoas. Sob a coordenação dos militares, entradas e saídas nesses abrigos serão controladas.

De acordo com o General Eduardo Pazzuello, responsável pela ação de controle da crise migratória venezuelana, o número de venezuelanos que chegam por dia ao Brasil pela fronteira em Pacaraima caiu de dois mil para 400 venezuelanos. Além disso, cerca de 20% dos venezuelanos que vivem em Boa Vista têm a pretensão de retornar ao seu país.

“Nós já estamos trabalhando para que isto aconteça, além de implementar outras ações efetivas para que assim possamos trazer de volta aos brasileiros em Roraima o seu status quo”, disse o general.

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