O juiz Rodrigo Bentemuller, da 15ª Vara Federal em Brasília, decidiu nesta semana manter a suspensão do processo em que o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (MDB-PR) é réu no caso da mala com R$ 500 mil.
Em 2017, Rocha Loures – que era assessor especial do então presidente Michel Temer – foi flagrado pela PF (Polícia Federal) saindo de uma pizzaria em São Paulo carregando uma mala com o dinheiro que havia recebido momentos antes do executivo da J&F Ricardo Saud.
Bentemuller tomou a decisão após analisar recurso do Ministério Público Federal. Em 12 de setembro, o juiz já havia suspenso o processo. O ex-presidente Michel Temer também é réu no caso da mala, mas em processo diferente do ex-assessor especial.
O juiz responsável pelos dois processos. O ação contra Rodrigo Rocha Loures foi aberta no dia 11 de dezembro de 2017. Já a denúncia contra Michel Temer foi aceita no dia 28 de março de 2019.
Rocha Loures
Rocha Loures chegou a ser preso pela PF em 2017 e conseguiu liberdade no mesmo ano. Quando foi solto, passou a usar tornozeleira por determinação da Justiça. Ao todo, ele ficou um ano e quatro meses com o equipamento.
Em novembro do ano passado, a Justiça Federal em Brasília autorizou a retirada da tornozeleira eletrônica de Loures, mas manteve outras medidas cautelares, entre elas o recolhimento noturno.
No início deste ano, o TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) revogou o recolhimento domiciliar imposto a Rocha Loures. O recolhimento domiciliar é diferente de prisão domiciliar. No recolhimento, o acusado deve ficar em casa durante a noite e nos dias de folga. Já na prisão domiciliar, o acusado só pode sair com autorização judicial.