A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e o secretário de Agricultura Familiar, Fernando Schwanke, anunciaram nesta semana que o governo federal vai destinar R$ 2 milhões para o Programa de Sementes Forrageiras do Rio Grande do Sul. O objetivo é beneficiar os agricultores familiares do Estado, que enfrenta os efeitos da falta de chuvas.
“O Ministério da Agricultura, por meio da Secretaria de Agricultura Familiar, vai enviar R$ 2 milhões para, em conjunto com o governo do Estado, atender os pequenos produtores no plantio de forragens com sementes e insumos para que vocês possam produzir forragem para o gado para que a situação da seca seja minimizada”, declarou a titular da pasta.
Ela mencionou o fato de que esteve no Rio Grande do Sul dias atrás e viu de perto a situação dos produtores rurais. “Isso é para mostrar que temos uma parceria com os pequenos produtores e não hesitamos em chegar em Brasília e acharmos uma solução para poder amenizar”, frisou. “Estamos trabalhando com outras soluções e outras possibilidades para atender os produtores rurais que passam por um momento de grave crise.”
“Vamos continuar dando atenção para o Rio Grande do Sul, que passa por um momento extremamente grave. Este recurso para o Plano de Forrageiros do governo do Estado já é um alento importante para que o governo possa atender todos os pequenos produtores de leite”, reiterou Schwanke.
O Programa de Sementes Forrageiras tem como objetivo fomentar a aquisição de sementes forrageiras a serem utilizadas na formação de pastagens de inverno e verão destinadas à alimentação dos rebanhos de leite e corte nos estabelecimentos de base familiar. O programa beneficia principalmente produtores de leite que têm a base da alimentação do rebanho sobre pastagens.
De maneira geral, forragem é todo alimento consumido pelo animal, tais como gramíneas e leguminosas. Igualmente, toda espécie de plantas ou partes de plantas, podendo ser verdes ou secas, utilizada para alimentar os rebanhos de criação para consumo, por exemplo.
A forragem pode vir misturada ou pura. Os seus componentes mais comuns são alfafa, aveia, capim, centeio e farelos vegetais, adicionais as cocheiras e cochos ou apenas jogado ao solo para que os animais se alimentem livremente.
Situação de emergência
Até a última quinta-feira, 129 cidades estavam em situação de emergência devido à estiagem, sendo que 52 delas já obtiveram a homologação do decreto reconhecendo a medida, adotada em casos em que aspectos como desastres natuais causam prejuízos severos.
Ao obter a homologação pelo governo do Estado, a prefeitura local pode acessar uma série de benefícios alusivos à ajuda humanitária, ao passo que o reconhecimento por parte do governo federal proporciona repasses de verbas, ajuda em obras e a dispensa da necessidade de licitatação para determinados contratos.
A má notícia é que as previsões dos serviços de meteorologia não apontam possível melhora do quadro de chuvas até o fim da março, com a permanência do clima quente e seco – exceto por chuvas pontuais e em áreas isoladas. Apesar da iminência de duas frentes frias que avançam em direção ao território gaúcho (na metade e no final do mês) a estiagem deve prosseguir pelas próximas semanas.
(Marcello Campos)
