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A Nasa divulga a foto de um iceberg plano e retangular na Antártida

Fotografia mostra um iceberg plano e retangular. (Foto: Reprodução/Facebook)

A Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa) compartilhou nas redes sociais a fotografia de um iceberg plano e retangular, com superfície lisa e bordas retas, semelhante a uma tábua. O registro foi realizado quando o item flutuava na Península Antártida e foi divulgado na quarta-feira, 17.

Nas redes sociais, a imagem chamou a atenção de usuários, que comentaram sobre alienígenas e teorias de que a Terra é plana. Cientista da Nasa, Kelly Brunt explicou a situação à revista LiveScience: “Nós temos dois tipos de icebergs: nós temos o tipo que todos têm na mente, como o que afundou o Titanic, que parecem com prismas ou triângulos na superfície (…). E nós temos o que chamamos de icebergs tabulares.”

Segundo ela, um iceberg desse tipo passa por um processo semelhante ao crescimento de uma unha, que quebra quando fica muito longa. Na parte submersa, o item gelo tem um formato semelhante ao da parte visível, que representa 10% do total da massa. “O que faz desse um pouco fora do usual é que parece um pouco com um quadrado”, diz.

A cientista afirmou, ainda, que é difícil estimar o tamanho do item fotografado, mas que, pela imagem, acredita que tenha cerca de 1,5 quilômetro. Segundo Brunt, em geral, pela regularidade do formato, o iceberg deve ter se desprendido há pouco tempo e, por isso, ainda não sofreu alterações por causa de ondas e do vento.

Perda de artefatos históricos

Um relatório divulgado pelo Escritório do Inspetor-Geral da Nasa detalha deficiências da agência espacial no que diz respeito ao gerenciamento de itens históricos. É que, pelo que consta no documento, a Nasa perdeu vários artefatos ao longo de sua história, incluindo uma sacola de coleta de solo lunar usada na missão Apollo 11, e até mesmo um protótipo de um rover lunar.

Conforme consta no relatório, “os processos da Nasa para empréstimo e alienação de bens históricos melhoraram nas últimas décadas, mas uma quantidade significativa de bens pessoais históricos foi perdida ou tomada por ex-funcionários e contratados devido à falta de procedimentos adequados”. E “recuperar essa propriedade histórica provou ser um desafio devido ao esforço necessário para encontrá-la, bem como à relutância da agência de às vezes reivindicar sua propriedade sobre os itens”, segue o documento, que também denuncia “má manutenção de registros e falta de processos estabelecidos para a coordenação oportuna dos esforços de recuperação” desses objetos.

A sacola de coleta de poeira lunar da Apollo 11 foi vendida em leilões, sendo que, em um deles, chegou a valer US$ 1,8 milhão e, portanto, está fora do alcance das mãos da Nasa. Outro item perdido foi um grupo de controladores da mesma missão, que foi levado por um funcionário da agência espacial depois de um supervisor ter dito que os objetos poderiam ser jogados no lixo. A Nasa tentou recuperar esses itens por três anos, sem sucesso.

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