A mais recente pesquisa do instituto Ibope, encomendada a pedido da CNI (Confederação Nacional da Indústria), mostra que o presidenciável Ciro Gomes (PDT) é o único que, neste momento, superaria acima da margem de erro Jair Bolsonaro (PSL), líder do cenário para o primeiro turno. Se o ex-ministro enfrentasse o capitão da reserva, teria 44% contra 35% do adversário.
Nas demais simulações, há empate técnico. Dois candidatos, Fernando Haddad (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB), tem vantagem numérica sobre Bolsonaro – Haddad por 42% a 38%; Alckmin por 40% a 36% –, enquanto Marina Silva (Rede) estaria numericamente atrás do presidenciável do PSL (38% contra 40%).
A margem de erro é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos, e o índice de confiança é de 95%. O levantamento ouviu 2 mil eleitores em 126 municípios entre os dias 22 e 24 de setembro e foi registrado sob a identificação BR-04669/2018.
A pesquisa também mediu a rejeição aos principais candidatos à Presidência. Ao todo, 44% dos eleitores disseram que não votariam em Jair Bolsonaro para presidente da República, índice que é de 27% nos casos de Fernando Haddad e Marina Silva.
Geraldo Alckmin é rejeitado por 19%, Ciro Gomes por 16%, Cabo Daciolo (Patriota) e Henrique Meirelles (MDB) por 11%, enquanto José Maria Eymael (DC) tem 10%. Ao todo, 2% dizem que poderiam votar em qualquer candidato e 7% não responderam.
Bolsonaro é o candidato cujos eleitores são os menos propensos a mudar o voto. Entre os que declararam voto nele, 55% afirmaram que a decisão é definitiva. Depois vêm Haddad, com 49% das intenções sendo definitivas, e Ciro, com 31% de seus eleitores declarando que não mudarão de opinião.
Alckmin e Marina têm os eleitores mais voláteis. 26% dos eleitores do tucano declararam se tratar de uma decisão definitiva enquanto 22% fizeram o mesmo quanto a Marina. Os entrevistados que afirmaram poderem votar em todos são 2%. Os que não souberam e não responderam são 7%.
Para o gerente-executivo de pesquisas da CNI, Renato da Fonseca, a pesquisa mostra que Bolsonaro e Haddad estão com votos bem consolidados. Ele disse que o índice de três a cada dez entrevistados declararem apostar no voto útil é menor do que o imaginado diante da valorização do tema pelos candidatos:
“Aparentemente, é difícil você tirar o eleitor tanto do Bolsonaro quanto do Haddad. São os menos propensos a fazer essa mudança de voto. Agora, de novo, eleição é eleição. Pode acontecer alguma coisa daqui para frente que faça as pessoas repensarem as suas decisões”.
Temer
Além de intenções de voto à Presidência da República, a pesquisa Ibope/CNI também analisou a aprovação do governo Michel Temer (MDB). Segundo o instituto, o percentual dos que consideram a gestão do emedebista ótimo ou bom é de 4%.
Já os que avaliam o governo ruim ou péssimo são 82%. Os que confiam no presidente são 5% e os que declararam não confiar nele são 92%. Quanto à maneira de governar, a aprovação ficou em 6%. Já a desaprovação chegou a 92%.
