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A Pfizer reforça o compromisso em distribuir 50 milhões de doses de vacina para o coronavírus

A vacina da Pfizer demanda uma temperatura de -60°C para ser transportada em segurança. (Foto: Reprodução)

A Pfizer informou nesta quinta-feira (17) que segue confiante de que será capaz de distribuir 50 milhões de doses da vacina contra o coronavírus em todo o mundo neste ano e 1,3 bilhão até o fim de 2021. Em comunicado, a farmacêutica garantiu que não enfrenta problemas na logística da distribuição do imunizador, desenvolvido em parceria com a BioNTech.

Segundo a empresa, esta semana, foram enviadas 2,9 milhões de doses para diversos pontos dos Estados Unidos. “A Pfizer tem longo e bem-sucedido histórico de produção e distribuição de grandes volumes de vacinas em que o mundo pode confiar – e estamos estendendo esse histórico com nossa vacina para a covid-19”, destaca a nota, que acrescenta que “milhões” de doses estão sendo produzidas todos os dias e que esse volume crescerá nas próximas semanas”.

Conforme o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o governo federal aguarda receber 500 mil doses da vacina da Pfizer no próximo mês. Nessa semana, a Pfizer apresentou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mais um pacote de documentos de estudos da fase 3 da vacina contra a covid-19 produzida por ela em parceria com a empresa alemã BioNTech. Esses estudos fazem parte do chamado processo de submissão contínua, em que o desenvolvedor vai apresentando documentos conforme eles ficam prontos.

Exigências da Anvisa

O laboratório Pfizer apontou as exigências da Anvisa como o grande entrave para que fosse aprovado o uso emergencial da sua vacina contra a covid-19 no Brasil. A autorização poderia permitir que o País tivesse doses do imunizante disponíveis em janeiro, como o próprio laboratório já admitiu que conseguiria fornecer.

A vacina da Pfizer, que foi desenvolvida em parceria com a empresa alemã de biotecnologia BioNTech, está sendo aplicada de forma emergencial para grupos prioritários no Reino Unido e nos Estados Unidos. No Brasil, o Ministério da Saúde negocia um acordo para ter 70 milhões de doses do imunizante, mas ele precisa do aval da Anvisa para começar a ser aplicado.

Entre as exigências da Anvisa citadas pela Pfizer, destaca-se uma obrigação de detalhamento da quantidade de doses e até do cronograma de vacinação a ser estabelecido no país. O governo federal, porém, tem repetido que não pode determinar uma data para o início da vacinação justamente porque ainda não tem nenhuma vacina aprovada pela Anvisa.

“A submissão de uso emergencial também pede detalhes do quantitativo de doses e cronograma que será utilizado no país, pontos que só poderão ser definidos na celebração do contrato definitivo”, afirmou a Pfizer por meio de comunicado.

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