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Possibilidade dos trabalhadores poderem sacar 35% do que está depositado no seu FGTS repercute no Twitter

A sigla FGTS entrou para a lista de expressões mais publicadas. (Foto: EBC)

A perspectiva de que o Ministério da Economia vai permitir saques parciais de contas ativas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) está repercutindo no Twitter brasileiro. Nesta quarta-feira (17), a sigla FGTS entrou para a lista de expressões mais publicadas da rede social durante boa parte do dia. As informações são do jornal Estado de S. Paulo.

No geral, usuários estão compartilhando notícias sobre a iniciativa do governo, tirando dúvidas sobre as regras para os saques e repercutindo os números estimados pelo governo – até R$ 42 bilhões seriam injetados na economia. Os comentários se dividem entre os que comemoram a medida e os que a classificam como populista.

Também no Twitter, a líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) chamou de iniciativa de “boa notícia” e informou seus seguidores sobre as regras. “A equipe estuda a liberação escalonada: 35% para quem tem mais até R$ 5 mil e 10% para quem tem mais de R$ 10 mil”, explicou.

Plano

O plano é uma tentativa de reanimar a economia, via consumo, ainda este ano. A projeção oficial do governo é de crescimento do PIB de 0,81%. Junto com a liberação dos recursos do FGTS, haverá também mais uma rodada de saques do PIS/Pasep.

Segundo fontes que participaram na terça-feira de reunião no Ministério da Economia, uma das ideias é autorizar os saques na seguinte proporção: quem tem até R$ 5 mil no fundo, poderia pegar 35% do saldo; trabalhadores com até R$ 10 mil no FGTS teriam autorização para sacar 30%. Ainda se discutia qual parcela terá direito quem tem entre R$ 10 mil e R$ 50 mil no FGTS, mas o porcentual não foi definido. Acima de R$ 50 mil, o trabalhador só poderia sacar 10% do saldo total.

Há quem defenda o anúncio da medida para comemorar os 200 dias do governo Jair Bolsonaro, na quinta-feira. Por isso, a equipe econômica pediu agilidade à Caixa para viabilizar a proposta. Outras fontes da área econômica, porém, afirmam que o modelo não está “maduro”, o que poderia atrasar o anúncio.

Como a votação da reforma da Previdência no segundo turno na Câmara ficou para o início de agosto e a do Senado só deve se encerrar em setembro, as medidas devem sair antes da conclusão do término da Previdência. Integrantes da equipe econômica avaliam que é preciso anunciar um “pacotão de medidas” para mostrar que o governo estava trabalhando, mas priorizando a proposta que modifica as regras previdenciárias.

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