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A Companhia Carris deve receber 6 milhões de reais da prefeitura de Porto Alegre para evitar que os ônibus da empresa parem de circular já neste mês

Pandemia causou redução brusca na demanda e queda de 70% na receita da empresa. (Foto: Eduardo Beleske/PMPA)

Em meio à crise agravada no transporte público de Porto Alegre por causa do coronavírus, a prefeitura já prevê a necessidade de injetar R$ 6 milhões na Companhia Carris, em caráter de urgência. O objetivo é evitar que o serviço seja suspenso já neste mês, devido à queda de 70% na receita em comparação ao período anterior à pandemia, que chegou ao Estado em março.

Diferente do setor privado, a Carris não pode aderir à MP (Medida Provisória) nº 936, do governo federal, que permite às empresas a realização de acordos diretos com os empregados para diminuir jornadas e salários. Também está impossibilitada, pelo mesmo motivo, de suspender contratos trabalhistas por tempo determinado, mediante pagamento de benefício do governo federal.

Em janeiro, a previsão era de um acréscimo de R$ 5 milhões, menor valor na década. Com a pandemia de Covid-19 e as medidas de distanciamento social para combater o seu avanço, porém, essa injeção de recursos deverá ficar entre R$ 25 e R$ 30 milhões para que não haja uma quebra total no serviço, essencial para diversos setores da capital gaúcha.

“Dentre as ações, houve ainda o combate à corrupção, revisão de contratos com fornecedores, compras feitas diretamente com as fábricas, gestão de pessoas, trabalho de conscientização sobre a importância do comprometimento dos funcionários e fim do favorecimento de grupos, além de melhorias no controle interno e na conservação de estruturas e limpeza”, finaliza o Executivo.

Retrospectiva

A administração municipal calcula que, desde 2009, o aporte na empresa já soma quase R$ 300 milhões. Além disso, nos últimos três anos as mudanças na gestão dentro da Carris já permitiram reduzir de R$ 74 milhões para R$ 16,5 milhões o rombo nas contas na companhia – para 2020, a projeção inicial era fechar o ano em R$ 8,6 milhões negativos.

(Marcello Campos)

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