Piscina terapêutica com piso de pedras de cachoeira. Água pura da montanha. Suítes equipadas com hidromassagem. Diet bar, tratamentos corporais e faciais. Foi nesse pequeno paraíso, cercado de muito verde em um spa em Petrópolis (RJ), que Pedro José Barusco Filho, ex-gerente da Petrobras, foi reconhecido.
Bem que Barusco tentou fazer olhar de paisagem, até ser reconhecido por hóspedes. Um deles estava na coordenação de uma campanha nacional para aprovar dez medidas de combate à corrupção e procurou refúgio para dar uma trégua na luta pela moralidade pública.
Para desalento da direção do spa, a presença de Barusco afugentou clientes. Dois hóspedes foram embora. A pessoa da campanha contra a corrupção cobrou providências. Outra hóspede também cobrou. Mas o estabelecimento nada pode fazer. Por ser delator premiado, ele responde em liberdade pela Operação Lava-Jato e não está obrigado a usar a tornozeleira eletrônica.
Nas contas de Barusco em paraísos fiscais, a Lava-Jato encontrou 61,5 milhões de dólares, que estão voltando aos cofres públicos, uma das condições impostas pelas autoridades para livrá-lo da prisão. Uma das contas pertencia a Luciana Adriana Franco, mulher de Barusco e cliente habitual do spa da região Serrana do Rio. (AG)