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A presidente do Tribunal Superior Eleitoral admitiu as dificuldades para combater a divulgação de notícias falsas

A ministra Rosa Weber, presidente do TSE, durante entrevista coletiva. (Foto: Nelson Jr/Ascom/TSE)

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rosa Weber, reconheceu neste domingo (7) as dificuldades da Justiça Eleitoral em combater a difusão de fake news (notícias falsas), uma das armas mais usadas em campanhas eleitorais deste ano. A ministra disse que a distribuição massiva de notícias falsas com fins eleitorais é um fenômeno recente e, por isso, não se sabe ainda como enfrentar o problema. As informações são do jornal O Globo.

“Não é que o TSE nada tenha feito. Prevenir fake news, eu não conheço como poderíamos ter atuado nessa área onde temos um princípio maior, da liberdade de expressão, como lembrou o ministro Jungmann”, disse a presidente do TSE, numa entrevista ao lado do ministro Raul Jungmann (Segurança Pública), no Centro Integrado de Comando e Controle Nacional.

Promessas

A ministra fez a declaração ao responder uma pergunta sobre porque o TSE nada fez até o momento para conter a onda de fake news nas eleições deste ano. O combate a fake news foi uma das promessas mais repetidas pelo ex-presidente do tribunal Luiz Fux. Nas últimas entrevistas que deu, antes de deixar o tribunal, Fux fazia declarações contra notícias falsas mesmo antes de ser perguntado sobre o assunto.

“Relativamente ao que o ministro Fux prometeu eu não posso me manifestar. Não tenho sequer conhecimento das promessas do ministro Fux a respeito (do assunto)”, afirmou a ministra.

TV Record

Rosa Weber não respondeu também sobre o que o TSE fará em relação a decisão da TV Record de fazer uma entrevista com o candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) na quinta-feira, sem abrir o mesmo espaço na programação para os concorrentes. A ministra se limitou a dizer que é contra qualquer tipo de censura prévia e que o TSE, em casos como esse, só atua “pós-facto”, ou seja, depois que o fato já aconteceu.

“Eu não atuei nesse evento”, disse.

Incomodada

Logo depois, aparentemente incomodada com as perguntas dos repórteres, a ministra abreviou a entrevista.

“O TSE tem dificuldades para enfrentar esse problema (fake news e outros crimes), como nós todos temos.Toda colaboração que vier, inclusive da imprensa, será extremamente bem-vinda”, disse a ministra antes de deixar o Centro Integrado, na sede da Polícia Rodoviária Federal.

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