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A primeira-dama dos Estados Unidos, Melania Trump, quer um acordo para evitar a separação de famílias de imigrantes

Geralmente discreta, Melania se posicionou sobre o caso. (Foto: Andrea Hanks/White House)

A primeira-dama dos Estados Unidos, Melania Trump, revelou que seu marido, Donald Trump, “detesta” ver crianças separadas de seus pais que imigraram ilegalmente para o país, e defendeu um acordo bipartidário para reformular as leis migratórias.

O governo em Washington informou que a nova política de tolerância zero na fronteira com o México conduziu, a partir de meados de abril, a que 2 mil crianças fossem separadas de seus pais, detidos por estar ilegalmente nos Estados Unidos.

“A senhora Trump detesta ver crianças separadas de suas famílias e espera que os dois lados do Congresso possam finalmente elaborar uma reforma migratória bem sucedida”, disse à CNN Stephanie Grisham, diretora de comunicação da primeira-dama.

“Ela acredita que o país deve impor o respeito à lei, mas também é preciso governar com o coração”.

“Não queremos ver bebês arrancados das mãos de seus pais”, disse neste domingo à rede NBC Kellyanne Conway, assessora de Donald Trump.

O presidente acusa os democratas por esta situação envolvendo as famílias de imigrantes ilegais, e defende uma ampla reforma migratória para acabar com o problema.

“Pelo menos uma vez, os democratas poderiam contribuir para uma solução sobre esta separação forçada das famílias na fronteira trabalhando com os republicanos visando uma nova lei”, escreveu Trump no sábado no Twitter.

A norma de separar as famílias imigrantes é implementada pelas autoridades fronteiriças americanas para dissuadir núcleos familiares estrangeiros de tentar entrar clandestinamente no país, junto com seus filhos menores de idade.

Separação

Adultos que tentam cruzar a fronteira, muitos com a intenção de pedir asilo, são detidos e enfrentam um processo criminal por terem entrado ilegalmente no país. Como consequência, centenas de menores de 18 anos são levados para outros centros de detenção e mantidos separados dos pais.

Em muitos casos, contudo, as famílias puderam se reunir depois que os pais foram liberados. Há relatos, entretanto, de pessoas que ficaram separadas por semanas e até meses.

Houve separações de famílias de imigrantes indocumentados em governos anteriores, mas ativistas de direitos humanos afirmam que o número de afetados era muito pequeno se comparado com as estatísticas registradas durante o governo de Donald Trump.

Abrigos sem espaço

As detenções dos filhos, que incluem bebês e crianças bem pequenas, causaram reclamações de albergues e abrigos, que alegam estar ficando sem espaço para atender a demanda.

No domingo, um grupo de congressistas democratas visitou um centro de detenção do Serviço de Imigração e Controle de Aduanas (ICE, na sigla em inglês), em Nova Jersey. A ideia era ver pessoas detidas e separadas dos filhos.

Enquanto isso, autoridades anunciaram o plano de erguer acampamentos para acolher centenas de crianças que estão no deserto do Texas, onde as temperaturas alcançam, com frequência, 40ºC.

 

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