O presidente russo, Vladimir Putin, passou a bola neste domingo de anfitrião do Mundial para o emir do Catar, cujo país receberá a edição de 2022 do torneio. O tamanho do Catar, com apenas 2,3 milhões de pessoas, e altas temperaturas, além da falta de uma infraestrutura de estádios, gerou algumas questões sobre a decisão da entidade máxima do futebol de tornar o país sede do Mundial, mas governantes do Catar afirmam que estarão à altura do desafio. “A Rússia está passando o bastão de anfitrião da Copa do Mundo para o Catar”, disse Putin, em cerimônia no Kremlin, ao lado do presidente de Gianni Infantino, presidente da entidade máxima do futebol e o emir do Catar, xeique Tamim Bin Hamad al-Thani.
“Estamos orgulhosos do que fizemos pelos torcedores deste maravilhoso esporte. Nosso país inteiro teve muito prazer de interagir com o mundo do futebol, com os torcedores que vieram para cá do mundo inteiro”, acrescentou. “Tenho certeza que nossos amigos do Catar vão conseguir receber o Mundial, daqui a quatro anos, com o mesmo nível. Nós, claro, estamos prontos para compartilhar com nossos amigos a experiência que adquirimos com o Mundial este ano”, disse Putin.
O emir do Catar disse que seu país fará todo o esforço para que o Mundial seja um sucesso. “Esperamos superar todas as dificuldades”, disse.
Na preparação para o torneio deste ano, alguns políticos ocidentais pediram um boicote por causa da anexação da Crimeia pela Rússia e por alegações, negadas por Moscou, de que o Kremlin assassina seus adversários em outros países. Também houve alertas sobre potenciais problemas com a violência de torcedores, ataques racistas e homofóbicos.
O campeonato aconteceu sem grandes problemas de organização, sem violência, e sem evidências amplas de racismo ou assédio a torcedores homossexuais, e foi exaltada pela entidade máxima do futebol como ao melhor Mundial de todos os tempos.