A semana que vem deverá ser marcada por chuva intensa no Rio Grande do Sul, conforme dados do mais recente Boletim Meteorológico Semanal divulgado pelo governo gaúcho, por meio da Seapdr (Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural).
Neste domingo, com a propagação de uma nova frente fria provocando precipitações em todo o território gaúcho, há possibilidade de temporais, rajadas de vento e queda de granizo em áreas isoladas.
Na segunda-feira, a nebulosidade seguirá predominando, com pancadas isoladas. A chegada de mais uma massa de ar frio derramará água em todo Estado, novamente com chance de temporais, rajadas de vento e queda de granizo em áreas isoladas.
A partir da terça-feira, o deslocamento de uma área de baixa pressão atmosférica deverá manter a nebulosidade e a chuva em todas as regiões do Rio Grande do Sul, ainda com risco de temporais isolados.
Os volumes de chuva esperados oscilarão entre 50 e 75 milímetros na maioria dos municípios gaúchos. Na região das Missões e também no Alto Uruguai e Planalto, os totais previstos oscilarão entre 90 e 110 milímetros, podendo exceder a 140 milímetros em diversas localidades.
Febre aftosa
A segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa no Rio Grande do Sul já tem o seu período confirmado: 1º a 30 de novembro. Nesta fase, devem ser imunizados bovinos e bubalinos na faixa etária de zero a 24 meses, o que contabiliza cerca de 4,3 milhões de animais em 240 mil propriedades.
“Os pecuaristas gaúchos já deram forte demonstração de responsabilidade e preocupação com a sanidade de seus rebanhos na primeira etapa da vacinação, e agora precisamos manter a mobilização”, afirma o secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Covatti Filho.
De acordo com o coordenador do Programa de Controle e Erradicação da Febre Aftosa da Seapdr, Fernando Groff, a meta nesta etapa de novembro é ultrapassar os 90% de animais imunizados e de 90% de propriedades cobertas.
A primeira etapa, em maio, envolveu 288.875 propriedades rurais com 12,6 milhões de bovinos e búfalos. Foram imunizados 12,5 milhões de animais, correspondendo a 99% do rebanho, em 279.879 estabelecimentos, que representam 96,89% das propriedades no Estado.
Neste ano, a vacina teve alterações na formulação, com redução na dosagem de aplicação, de 5 para 2 ml – e passou a ser bivalente, permanecendo a proteção contra os vírus tipo A e O (removido o tipo C) e as apresentações comercializadas agora serão de 15 e 50 doses. A composição do produto também foi modificada com o intuito de diminuir os nódulos.
As vacinas podem ser adquiridas em uma das 600 casas agropecuárias credenciadas na Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) para a comercialização deste produto. Após imunizar o rebanho, o produtor terá até 6 de dezembro para comprovar a vacinação junto à Inspetoria de Defesa Agropecuária local, apresentando a classificação do rebanho, por sexo e idade, e a nota fiscal de compra das doses aplicadas.
Atualmente, o Rio Grande do Sul, que é considerado zona livre de aftosa com vacinação, busca evoluir seu status sanitário. Em setembro, o Estado passou por auditoria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para a retirada da vacinação. A Seapdr ainda aguarda a divulgação do relatório do ministério – enquanto a retirada não é confirmada, as etapas de vacinação ocorrem normalmente.
(Marcello Campos)