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Segundo a emissora de TV síria, o país contra-atacou e derrubou 13 mísseis lançados pelos Estados Unidos, Reino Unido e França

Fogo anti-aéreo ilumina o céu de Damasco em resposta ao ataque dos EUA, Reino Unido e França à capital da Síria. (Foto: Reprodução)

A síria divulgou na noite desta sexta-feira (13) que ataques aéreos atingiram Damasco e que os sistemas de defesa sírio contra-atacaram a ofensiva de EUA, França e Reino Unido. Segundo a emissora estatal, 13 mísseis lançados pela coalizão foram derrubados pela defesa aérea em Al Kiswah, nos subúrbios da capital síria.

Fotos divulgadas pela agência de notícias Reuters mostram fogo anti-aéreo iluminando o céu de Damasco em resposta ao ataque anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Ofensiva americana

O Pentágono anunciou que três alvos foram atingidos na Síria: um centro de pesquisa e produção de armas químicas e biológicas em Damasco, um armazém de armas químicas a Leste de Damasco – em que os Estados Unidos acreditam estavam que estoques de gás sarin – e outra instalação vizinha.

Segundo Trump, o bombardeio liderado por Washington foi destinado a destruir um quinto da Força Aérea síria. Ele diz que a ação teve a participação de militares do Reino Unido e da França, que anunciaram apoio aos americanos.

O Ministro da Defesa do Reino Unido diz que mísseis Shadow foram usados contra um depósito 24 quilômetros a Oeste de Homs, onde teria sido constatado que o governo sírio faria manutenção de armas químicas. Ele disse ainda que o local atingido fica distante de qualquer ponto habitado.

Segundo a Reuters, o OSDH (Observatório Sírio para Direitos Humanos) afirmou que um centro de pesquisa científica e bases militares em Damasco foram atingidos por ataques aéreos. Entre os alvos estão a Guarda Republicana e a 4ª Divisão, unidades de elite do exército sírio.

A agência Reuters e testemunhas afirmaram que diversas grandes explosões foram ouvidas em Damasco, e colunas de fumaça foram vistas na região durante o pronunciamento de Trump.

Ataques químicos

Um suposto ataque químico em Douma, cidade controlada pelos rebeldes em Ghouta Oriental, no subúrbio de Damasco, que matou ao menos 75 pessoas no último domingo (8), foi o que motivou os ataques liderado pelos Estados Unidos, na noite desta sexta.

Vídeos postados pelos Capacetes Brancos (organização que atua como Defesa Civil em zonas não controladas pelo governo) mostravam as vítimas, entre eles muitos bebês e crianças, respirando com a ajuda de máscaras de oxigênio em hospitais improvisados.

“Invenções”

O governo sírio, em um comunicado divulgado pela agência estatal de notícias Sana, negou a existência de um ataque com armas químicas em Douma e disse que as alegações eram “invenções” do Jaish al-Islam (Exército do Islã), chamando-as de “tentativa fracassada” de impedir avanços do governo.

Donald Trump disse ainda que Washington e seus aliados estão preparados para manter a pressão sobre o ditador Bashar al-Assad até que cessem os ataques com armas químicas, enfatizando, no entanto, que os Estados Unidos não buscam manter uma presença por tempo indeterminado nesse conflito.

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