Conforme as pessoas ficam em suas casas para trabalhar e estudar devido à pandemia de coronavírus, levando seus notebooks com dados de suas empresas, especialistas em segurança cibernética dizem que hackers tentarão tirar vantagem da situação para se infiltrar em corporações.
Autoridades do governo nos Estados Unidos, Reino Unido e outros lugares emitiram avisos sobre os perigos de uma força de trabalho remota, conforme empresas de tecnologia estão vendo um aumento nos pedidos para ajudar a proteger os funcionários que estão fora do escritório. Na Cisco Systems, por exemplo, o número de solicitações de suporte de segurança para funcionários remotos aumentou 10 vezes nas últimas semanas.
“As pessoas que nunca trabalharam em casa antes estão tentando fazê-lo e estão tentando fazê-lo em escala”, disse Wendy Nather, consultora sênior da Duo Security da Cisco, que passou a última década trabalhando em casa em vários empregos.
Ela disse que a transição repentina significaria mais margem para erros, mais pressão sobre a equipe de tecnologia da informação e mais oportunidades para criminosos cibernéticos que tentam capturar as senhas dos funcionários.
Criminosos estão usando mensagens de roubo de senhas e softwares maliciosos como alertas, avisos ou aplicativos sobre o coronavírus. Alguns pesquisadores descobriram hackers que páginas falsas fingindo ser o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), em uma tentativa de invadir e-mails ou enganar usuários, enquanto outros descobriram hackers usando um aplicativo malicioso sobre o vírus para invadir telefones Android.
Na sexta-feira (13), autoridades de segurança cibernética dos Estados Unidos divulgaram um aviso para empresas atualizarem suas redes privadas virtuais (VPNs) e ficarem alertas contra uma onda de e-mails maliciosos direcionados a uma força de trabalho já desorientada. Na terça-feira, o National Cyber Security Centre do Reino Unido publicou um folheto informativo de seis páginas para empresas que gerenciam funcionários remotos.