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A venda de veículos no Brasil no primeiro trimestre foi a maior desde 2015

Só em março, as vendas tiveram alta de 9,6% em relação a igual mês do ano passado. (Foto: Reprodução)

O mercado brasileiro de veículos novos terminou o primeiro trimestre deste ano com o maior número de vendas para o período desde 2015. Foram 545,5 mil unidades emplacadas, crescimento de 15,6% em relação a igual intervalo do ano passado, mostra um balanço divulgado pela Fenabrave (Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores), que considera os segmentos de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo e da Anfavea.

Com o resultado, a federação decidiu revisar sua previsão para o desempenho do mercado no ano todo. A projeção, que antes era de expansão de 11,8%, passou para avanço de 15,2%.

Só em março, as vendas tiveram alta de 9,6% em relação a igual mês do ano passado. Trata-se do 11º mês seguido de expansão do mercado em comparações interanuais – o mês de um ano contra igual mês do ano anterior. No total, foram vendidas 207,3 mil unidades, o maior volume para março desde 2015.

Na média diária, o crescimento das vendas é ainda mais expressivo, uma vez que março deste ano contou com dois dias úteis a menos. O ritmo de emplacamentos por dia chegou a 9,8 mil unidades, alta de 20,1% em relação à média de março do ano passado.

Em relação a fevereiro, as vendas cresceram 32,2%. Na média diária, o avanço é de 19,6%.

Entre os segmentos, a venda dos chamados veículos leves, que somam os automóveis e os comerciais leves e representam mais de 90% do mercado total, atingiu 200,1 mil unidades, expansão de 8,8% na comparação com março do ano passado e de 31,9% em relação a fevereiro. No acumulado do ano, o avanço é de 14,6%, para 527,3 mil unidades.

No caso dos pesados, os caminhões somaram 5,9 mil emplacamentos no terceiro mês de 2018, alta de 44,8% sobre o volume de março de 2017 e de 45,3% em comparação com o fevereiro. O ano acumula a venda de 14,6 mil unidades, alta de 51,6%.

Os ônibus, por sua vez, atingiram 1,3 mil unidades vendidas em março, avanço de 11,9% em relação a março do ano passado e de 17,9% sobre o resultado de fevereiro. No primeiro trimestre, os emplacamentos somam 3,5 mil unidades, crescimento de 40% em relação a igual período do ano passado.

Licenciamento

Segundo um balanço divulgado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea, na última quinta-feira (5), houve alta no licenciamento, produção e exportação de novos veículos no primeiro trimestre. Neste período, 545,5 mil veículos foram vendidos, o que representa um crescimento de 15,6% frente as 472 mil unidades licenciadas no ano passado.

O comparativo mensal também mostra números superiores: somente em março 207,4 mil unidades foram negociadas, aumento de 32,2% ante as 156,9 mil de fevereiro e de 9,6% sobre as 189,2 mil de março de 2017.

Para Antonio Megale, presidente da Anfavea, o balanço confirma o gradual retorno das atividades da indústria automobilística: “Mesmo com dois dias úteis a menos, o desempenho do último mês ficou quase 10% acima de março do ano passado, o que configura mais um indicador que comprova a retomada do mercado interno. Com inflação baixa, desemprego em queda e juros básicos nos menores patamares da história, é questão de tempo o consumidor ter mais acesso ao crédito. Isto nos deixa bastante otimistas quanto ao futuro da economia e do setor”.

A produção no acumulado do ano ficou em 699,7 mil unidades – expansão de 14,6% em relação as 610,7 mil do ano passado. Só no terceiro mês 267,5 mil unidades saíram das linhas de montagem, acréscimo de 25,3% se comparado com as 213,5 mil de fevereiro e de 13,5% na análise contra as 235,6 mil de março do ano passado.

As exportações no trimestre cresceram 3,3%: foram 180,2 mil unidades em 2018 e 174,5 mil no ano passado. Em março 67,5 mil veículos deixaram as fronteiras brasileiras, alta de 1,8% se defrontado com as 66,3 mil do mês anterior. Quando comparado com igual período do ano passado, com 69,3 mil unidades, o resultado é menor em 2,6%.

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