Um visível abatimento tem rendido comentários sobre o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, após o início da CPI do Futebol no Senado. Segundo fontes próximas, ele tem falado pouco nas reuniões de diretoria, toma decisões isoladas e passou a interagir bem menos com seus auxiliares.
O dirigente teria sofrido um baque quando houve a quebra de seu sigilo fiscal e bancário em 20 de agosto. Depois, a derrota ficou mais evidente quando o STF (Supremo Tribunal Federal) negou pedido de seus advogados para que suas movimentações bancárias e declarações à Receita Federal não fossem investigadas.
Del Nero chega cedo à sede da CBF, no Rio de Janeiro, e só a deixa depois das 20h. Na maior parte do dia, sai de seu gabinete apenas para ir ao restaurante do prédio, local de acesso restrito.
A CBF teve atendido, na terça-feira, o pedido de liminar no STF que a protege contra a intenção da CPI do Futebol de ter acesso a todos os seus contratos. O mandato de segurança foi concedido pelo ministro Marco Aurélio Mello.
A comissão havia aprovado requerimento do senador Romário (PSB-RJ), pelo qual teria acesso a todos os contratos comerciais da entidade ligados a patrocínio, direitos de transmissão, viagens e publicidade, entre outros. O parecer favorável deu-se porque, de acordo com a decisão, não houve “individualização dos dados pretendidos” pela CPI.
