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Acne e sexo demais são as curiosas razões pelas quais homens indianos pedem divórcio

Índia ainda tem índice baixo de separações, mas situações em que homens pedem fim de uniões por motivos bizarros vêm aumentando. (Crédito: Reprodução)

A Índia tem uma das menores taxas de divórcio do mundo, mas fins de casamento têm se tornado mais comuns. Especialistas dizem que a maioria dos casos de divórcio no país ocorrem por razões citadas legalmente como “abuso” ou “crueldade”. Mas o que constitui tal abuso é objeto de debate, especialmente na hora de avaliar os danos psicológicos causados a alguma das partes durante o casamento.

A Corte Suprema indiana estabelece que não existem parâmetros fixos para determinar a chamada crueldade mental. E, por causa das amplas definições legais para isso, tribunais indianos acabaram tendo de analisar uma série de interpretações bizarras sobre o que constitui o abuso psicológico. E os exemplos são curiosos.

Um casamento sem sexo é um motivo global para divórcios. Mas, no ano passado, um homem em Mumbai pediu a separação com base no argumento de que sua mulher queria “transar demais”.

Na petição, o homem disse que sua mulher tinha um apetite sexual incontrolável desde que tinham se casado, em 2012. E alegou ter sido forçado a manter relações sexuais mesmo quando estava doente – segundo ele, a mulher ameaçava transar com outros homens quando ele se recusava a atender seus desejos.

O homem disse que o “comportamento cruel e autocrático” da esposa tornou difícil a convivência. O tribunal decidiu em seu favor e concedeu o divórcio, depois de a mulher não comparecer à audiência para rebater as acusações.

Trauma da acne
Casamentos arranjados são comuns na Índia, e em 2002 um homem conseguiu a anulação do seu com o argumento de ter ficado traumatizado com a acne de sua mulher. Em sua petição, o homem disse que as espinhas e cravos no rosto da mulher até o tinham impedido de “consumar” o matrimônio, em 1998.

Um tribunal de Mumbai deu ganho de causa ao homem, observando que, embora a condição da mulher fosse um problema para ela, era também traumática para o marido. A corte considerou ainda que a “mulher enganou o homem ao não revelar que tinha uma doença de pele”.

Isso mesmo depois de um parecer do médico da mulher, estabelecendo que a condição era tratável e não afetaria a vida sexual do casal.

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