A Rússia confirma o primeiro encontro entre o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o presidente russo, Vladimir Putin. A Federação Russa informou, nesta quinta-feira (18), que a reunião ocorrerá em abril deste ano. “O presidente da Comissão de Assuntos Estatais da República Popular Democrática da Coreia, Kim Jong-un, visitará a Rússia na segunda quinzena de abril, a convite de Vladimir Putin” disse o Kremlin em comunicado.
A Rússia anunciou o convite horas depois da Coreia do Norte ter informado teste com nova “arma tática”, capaz de transportar um projétil poderoso e ter dado prosseguimento no diálogo com Washington sobre a saída do secretário de Estados dos Estados Unidos, Mike Pompeo. O encontro ocorrerá num período onde a Rússia tenta ampliar seu papel nas crises globais. O governo russo deu amparo militar ao regime sírio Bashar Al Assad e, mais recentemente, enviou aeronaves militares ao governo de Nicolás Maduro, na Venezuela.
Sem data e local definidos, a reunião já estava sendo preparada nesta semana, segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov. O presidente russo, ainda este mês, irá a um Fórum sobre a nova rota de seda chinesa, em Pequim no dias 26 e 27 de abril. Sendo assim, não se descarta a hipótese de que Putin se reúna com o líder norte-coreano antes ou depois da viagem à China.
A imprensa da Rússia indicou que a reunião poderá acontecer no campus da Universidade Federal do Extremo Oriente (UFLO), na ilha Russki, sul de Vladivostok. No local, as aulas teriam sido canceladas por eventos relacionados à “visita de delegações oficiais”.
A expectativa da primeira reunião entre os países aumentou nas últimas semanas devido ao número grande de viagens recíprocas de funcionários do alto escalão dessas nações, depois do fracasso do Encontro em Hanói sobre desnuclearização, entre Estados Unidos e Coreia do Norte.
O ministro de Interior da Rússia, Vladimir Kolokoltsev, visitou Pyongyang faz duas semanas. Enquanto o chefe de gabiente de Kim, encarregado de suas viagens ao exterior, Kim Chang-son, viajou a Moscou Vladivostok entre 19 e 25 de março. Segundo um funcionário citado pela agência russa Ria Novosti, Kim Chang-son foi visto nos últimos dias inspencionando medidas de segurança na Estação Ferroviária de Vladivostok.