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Acusado de atropelar ciclistas na Cidade Baixa irá a Júri em novembro

Fato ocorreu na Rua José do Patrocínio, na Capital, quando ciclistas do Massa Crítica foram atingidos pelo carro dirigido por Ricardo José Neis. (Foto extraída do processo judicial/Gustavo Monteiro Chagas/Tribunal de Justiça)

Está marcado para o dia 23 de novembro deste ano o julgamento do bancário Ricardo José Neis, que atropelou 17 ciclistas, em 2011, no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre.

Caberá ao Tribunal do Júri decidir sobre a acusação de 11 tentativas de homicídio e 5 lesões corporais, apresentada pelo Ministério Público contra o réu, que aguarda em liberdade.

A sessão será presidida pelo juiz de Direito Maurício Ramires, na 1ª Vara do Júri da Capital, a partir das 9h.

Atuarão na acusação, representando o Ministério Público, os promotores Eugênio Paes Amorim e Lúcia Helena de Lima Callegari. A defesa do réu será realizada pelo advogado Manoel Pedro Silveira Castanheira.

Caso

O fato, que ganhou repercussão internacional, ocorreu em 25 de fevereiro de 2011, por volta das 19h.

Dezessete ciclistas do movimento ‘Massa Crítica’, que costuma pedalar pelas ruas de Porto Alegre divulgando a bicicleta como meio de transporte, foram atingidos pelo automóvel Golf dirigido pelo bancário Ricardo José Neis. Ele teria ficado irritado por ter a passagem bloqueada pelo grupo e avançou com o carro para cima dos ciclistas.

A prisão preventiva de Neis foi decretada em 2 de março de 2011, sendo concedida liberdade provisória em 7 de abril do mesmo ano.

Após ser pronunciado (sentença que determina que o acusado seja julgado pelo Tribunal do Júri), em 14 de junho de 2012, o réu recorreu ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que manteve o julgamento popular.

A defesa do bancário, então, recorreu ao Superior Tribunal de Justiça. O recurso permaneceu na instância superior por um ano e meio.

Em 2015, o processo retornou à 1ª Vara do Júri de Porto Alegre, tendo sido realizada uma série de diligências, a pedido do Ministério Público e da defesa de Neis.

Em fevereiro deste ano, por ser considerado de relevância social, o processo passou a ser acompanhado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pela Corregedoria-Geral da Justiça do Rio Grande do Sul (CGJ).

O objetivo da medida, tomada pela CGJ em conjunto com o juiz Maurício Ramires, foi conferir maior celeridade na tramitação, dentro dos limites impostos pela legislação.

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