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Aécio Neves é denunciado no Supremo por corrupção passiva e obstrução de Justiça: O senador foi gravado por dono da JBS/Friboi pedindo 2 milhões de reais para pagar um advogado. Ele diz ser vítima de armação

O tucano disse que irá provar o "absurdo dessas acusações". (Foto: Ag. Senado)

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou nessa sexta-feira ao STF (Supremo Tribunal Federal) o senador Aécio Neves (PSDB-MG) pelos crimes de corrupção passiva e obstrução da Justiça. A denúncia é baseada nas investigações da Operação Patmos, em razão da qual Aécio Neves foi afastado do mandato parlamentar e a irmã dele, Andrea Neves, e o primo, Frederico Pacheco, foram presos. Eles foram citados nas delações premiadas de executivos da JBS.

Um dos elementos da investigação é uma gravação do empresário Joesley Batista, dono da empresa JBS, que registrou com um gravador escondido uma conversa entre ele e o senador. No diálogo, Aécio pede ao empresário R$ 2 milhões a fim de pagar um advogado para defendê-lo na Operação Lava Jato.

A Polícia Federal filmou, com autorização do STF, a entrega de uma parcela de R$ 500 mil ao primo de Aécio, Frederico Pacheco, que posteriormente repassou o dinheiro a Mendherson de Souza Lima, assessor do senador Zeze Perrella (PMDB-MG). Os dois foram presos na Operação Patmos.

A denúncia será avaliada pelo ministro Marco Aurélio Mello, responsável no Supremo pelo inquérito que investiga o senador. Aécio é alvo de oito inquéritos no Supremo. Um deles é a investigação aberta a partir da delação dos executivos e donos da JBS, na qual o senador foi denunciado.

Há mais cinco inquéritos abertos para investigá-lo a partir das delações dos executivos e ex-executivos da empreiteira Odebrecht, todos no âmbito da Operação Lava Jato, e mais dois instaurados a partir das delações do senador cassado Delcídio do Amaral, que estão sob relatoria do ministro Gilmar Mendes.

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