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Aécio se diz vítima de “ardilosa armação”

Senado derrubou afastamento, e Aécio pode retomar atividades parlamentares. (Foto: Agência Senado)

O primeiro dia após retomar o mandato parlamentar, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou nesta quarta-feira (18) em plenário que é vítima de uma “ardilosa armação”, acrescentando que provará a inocência dele. Aécio havia sido afastado por determinação da Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal), a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República). Mas, na terça (17), o plenário do Senado derrubou o afastamento, por 44 votos a 26.

Ao chegar ao Senado, Aécio, então, se dirigiu ao plenário e fez um breve discurso. Ele se disse “vítima de ardilosa armação, uma criminosa armação” comandada por empresários, que “enriqueceram às custas do dinheiro público”, e “corroborada por homens de Estado”.

Em seguida, Aécio afirmou: “No exercício deste mandato irei trabalhar a cada dia e a cada instante para provar a minha inocência. Fui alvo dos mais vis ataques nos últimos dias, mas não retorno a esta Casa com rancor e com ódio. Vim acompanhado da serenidade dos homens de bem e daqueles que conhecem a sua própria história. E a minha história é digna”.

Entenda o caso

Com base nas delações de executivos do grupo J&F, que controla a JBS, Aécio foi denunciado pela PGR pelos crimes de corrupção passiva e obstrução de Justiça. Segundo a PGR, o tucano pediu e recebeu R$ 2 milhões da JBS como propina.
A procuradoria afirma também que Aécio atuou em conjunto com o presidente Michel Temer para impedir o andamento da Lava-Jato. Desde o início das investigações, Aécio tem negado as acusações da PGR.

Presidência do PSDB

Desde maio deste ano, quando foi afastado do mandato pela primeira vez, Aécio Neves está licenciado da presidência do PSDB. O partido tem sido comandado pelo também senador Tasso Jereissati (CE). Mais cedo, nesta quarta, Tasso defendeu que Aécio renuncie à presidência, porque, na avaliação do presidente interino, não tem mais “condições” de retomar o comando do PSDB.

 

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