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Agência internacional mantém classificação positiva do BRDE e destaca recorde de financiamentos

Relatório também ressalta a política de parcerias da instituição de fomento. (Foto: Freepik)

Em nova avaliação de risco pela agência internacional Fitch Ratings sobre operações de longo prazo em moeda estrangeira, o Banco de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) recebeu classificação “BB”, com perspectiva estável, acompanhando a mesma avaliação atribuída ao País em âmbito global. A instituição brasileira de fomento também mereceu nota “AAA (Bra)” em escala local, além de ter mencionado seu recorde de quase R$ 6 bilhões em financiamentos a diversos setores durante o ano passado.

O relatório enaltece, ainda, o papel decisivo do BRDE no desenvolvimento regional, ao destinar recursos de apoio a pequenas e médias empresas, cooperativas, prefeituras e setores estratégicos como agricultura, energias renováveis, infraestrutura, inovação e resiliência climática. Ao mencionar o montante inédito, o documento  salienta a capacidade da instituição de manter altos níveis de desembolso mesmo diante de um cenário de “eventos econômicos adversos.”

Para o diretor-presidente do BRDE, Ranolfo Vieira Júnior, a nova classificação de risco emitida pela Fitch demonstra o acerto das ações gerenciais do banco, mas acima de tudo reforça a atuação estratégica na política de crédito: “De um lado estamos trabalhando intensamente para diversificar as nossas fontes de recursos, e de outro, oferecendo crédito sob medida para quem produz com sustentabilidade e gera empregos”.

Ele também destaca que a classificação de risco sobre operações de longo prazo em moeda estrangeira coloca o Banco no mesmo patamar de outras importantes instituições financeiras. Isso inclui Banco do Brasil, Banrisu e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Parcerias

A política de estabelecer novas parcerias com instituições bilaterais e a atuação junto ao mercado de capitais foram igualmente evidenciadas pela análise da Fitch. Diretor de Planejamento do BNDES, Leonardo Busatto acrescenta:

“Conseguimos ir além do crédito tradicional. Ao criar linhas sob medida para os diferentes setores, o banco tem acentuado sua participação em projetos estratégicos e alinhados à sustentabilidade, em uma atuação que busca estruturar novos negócios”.

Principal parceiro, o BNDES respondeu por 53% das operações do BRDE no ano passado, quando em anos anteriores essa relação superava 90%. Ao mencionar a captação de R$ 684 milhões através da emissão das Letras de Crédito de Desenvolvimento, LCDs, e Letras Financeiras, LFs, a agência considerou “esses esforços estruturalmente positivos para a resiliência de captação de recursos financeiros.”

Diante das medidas de prorrogação das dívidas de empresas atingidas pela enchente do ano passado no Rio Grande do Sul, o boletim indica que os níveis de inadimplência praticamente não se alteraram.

(Marcello Campos)

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