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Agência Nacional de Telecomunicações aprova proposta de regras para o leilão do 5G

Cobertura móvel de estradas é uma das obrigações previstas na minuta de edital, aprovada pela Anatel e em avaliação pelo TCU. (Foto: Reprodução)

A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) aprovou nesta quinta-feira (06) a proposta de edital para o leilão da quinta geração de telefonia móvel, o 5G. Com a aprovação, o edital será submetido a consulta pública por 45 dias e a mais uma votação antes de ser publicado.

No leilão, serão ofertadas quatro faixas de frequência: 700 MHz; 2,3 GHz; 26 GHz; e 3,5 GHz. As faixas de frequências são espectros usados para a oferta de telefonia celular e de TV por assinatura.

A faixa de 3,5 GHz é a que desperta mais interesse das empresas de telefonia, por exigir menos investimento para a implantação da tecnologia. O 5G deve proporcionar velocidade muito maior de internet móvel. Um dos grandes pontos é a ampliação do serviço de internet das coisas (IoT na sigla em inglês).

Atualmente, as operadoras conectam por exemplo máquinas de cartão, monitoraram caminhões e veículos, mas não há muito além disso. A ideia é que o 5G ofereça ferramenta para conectar outros produtos e a custos mais baixos.

Como foi a sessão

Ao apresentar o voto na sessão desta quinta-feira, o conselheiro Moisés Moreira ampliou a faixa de 3,5 GHz, que ganhou mais 100 MHz e, com isso, passará a ter 400 MHz disponíveis.

A ampliação da faixa era uma demanda das empresas de telefonia e parte do acordo para evitar interferência do 5G no sinal de TV por antena parabólica. “Os 400 MHz nessa faixa a meu ver é suficiente para atender os muitos interessados em utiliza-la”, disse Moreira.

Parte da faixa do 3,5 GHz usada para oferta do 5G é ocupada por operadoras de TV que transmitem o sinal por parabólica. Uma das soluções propostas para evitar a interferência é o deslocamento para uma faixa paralela e a instalação de filtros nas atuais antenas. Esta seria a solução mais barata.

Outra solução para evitar a interferência seria a transferência das operadoras para a banda Ku, que teria um custo muito maior. Moreira propôs, na proposta aprovada pelo conselho da Anatel, que a agência aguarde a consulta pública para decidir qual a solução para evitar a interferência do 5G nas parabólicas.

As empresas de telefonia que vencerem o leilão terão que pagar pelo custo da solução que será adotada para evitar que o serviço de telefonia interfira no sinal das parabólicas e também terão que ressarcir as operadoras de TV que hoje ocupam essa faixa.

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