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Agência Nacional de Vigilância Sanitária vai recomendar que Dilma vete lei para liberação da “pílula do câncer”

O início dos testes foi aprovado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa do Ministério da Saúde (Foto: Reprodução)

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) vai recomendar à presidenta Dilma Rousseff o veto à fabricação, distribuição e uso da fosfoetanolamina sintética, conhecida como “pílula do câncer”. Na terça-feira (22), o Senado aprovou um projeto de lei que garante às pessoas com câncer o direito de usar a substância, mesmo antes de ela ser registrada e regulamentada pela Anvisa.

Desenvolvida pela USP (Universidade de São Paulo) para o tratamento de tumor maligno, a substância é apontada como possível cura para diferentes tipos de câncer, mas não passou por esses testes em humanos e não tem eficácia comprovada, por isso não é considerada um remédio. Ela não tem registro na Anvisa e seus efeitos nos pacientes ainda são desconhecidos.

O presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa, afirmou que vai encaminhar uma nota a Dilma recomendando o veto. A presidenta tem 15 dias para decidir se sanciona o projeto. Para a Anvisa, é perigoso distribuir para a população uma substância que não passou pelos testes que comprovem sua segurança.

“Quando estiver sendo produzida, não de maneira improvisada, mas em uma fábrica que garanta a qualidade do produto, ela poderá ser candidata a uma análise para um uso compassivo. Não temos nada contra a fosfoetanolamina, queremos que seja tratada com seriedade como uma substância candidata a medicamento”, ressaltou Barbosa.

 

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