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Agricultor vira amigo de peru e muda o cardápio da ceia de Natal

(Foto: Reprodução)

“Nem toda véspera de Natal é uma data fúnebre pra peruzada. Às vezes, a ave pode até participar da ceia
natalina.” E foi o que aconteceu no Natal de 1998, quando um agricultor de São Paulo resolveu poupar o peru de estimação da ceia natalina da família.

No Natal daquele ano, Calixto Rodrigues Neto, de 46 anos, um pequeno agricultor do bairro do Grajaú, na zona sul de São Paulo, que, de acordo com a manchete do jornal, tornou-se amigo do peru e cancelou a ceia sagrada.

Calixto morava às margens da represa Billings e estava com a ave havia só dois meses, desde que a encontrou num brejo do Jardim Primavera, do outro lado da represa. Em seu quintal, além do “peruzão amigo” e de uma perua, outros quatro peruzinhos compunham o grupo da espécie, tida como um dos cardápios símbolos nas ceias de Natal.

Mas o tempo do agricultor era também divido pela criação de vacas, cavalos, porcos e galinhas, uma tradição que vinha desde os tempos de infância, quando Calixto morava no município de Jaguaribe, no interior do Ceará.

Desde que foi achado pelo agricultor, o peru passou a ganhar a simpatia de alguns vizinhos, que fizeram questão até de convidá-lo para participar de suas ceias natalinas. Calixto, porém, contou que ele
mesmo faria “um rango legal pro bichão” na data do nascimento de Jesus Cristo.

O carinho pelo peru parecia ser tão grande, que rolava até uma prosa entre o homem e o animal. “Cante pra ela aí, rapaz!”, pediu Calixto ao peru durante a reportagem. Contudo, notou-se que a amizade entre o agricultor e o bicho não era insuspeita. Já que, segundo o agricultor, a sobrevivência ou não do animal no
outro Natal, dependeria de sua produção durante o próximo ano.

“Não vou me desfazer dos bichos agora. Ainda mais do grandão, que é o meu reprodutor”, contou o agricultor. E completou: “Estou preparando a terra para uma churrascada. Mas o peru deste Natal a gente vai ter de pegar dos outros.”

 

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