Abu Ubaydah Yusuf al-Anabi, um dos líderes do AQMI (Al Qaeda au Maghreb Islamique), braço da Al Qaeda na África do Norte, ameaçou realizar ataques na Itália, alegando que o país está ocupando a Líbia.
Em vídeo divulgado nessa quinta-feira, o terrorista afirmou que o governo de Roma se arrependerá de interferir no acordo de paz assinado entre os Parlamentos de Trípoli e Tobruk no início de dezembro. Segundo ele, o novo governo líbio é uma “conspiração” e a Líbia “se vendeu aos estrangeiros”.
“Aos novos invasores, netos de Graziani [general de guerra na era fascista na Líbia]: vocês morderão as mãos de arrependimento de ter entrado na terra de Omar al-Mukhtar [herói da resistência líbia] e serão humilhados”, disse al-Anabi. O extremista afirmou que seu povo “não é de se render” e que os estrangeiros precisarão passar sobre cadáveres: “ou vencemos ou morremos”.
O vídeo foi intitulado de “A Itália romana que ocupou a Líbia”, e refere-se a um “general italiano que agora comanda em Trípoli”.
Especula-se que os jihadistas estejam falando do general Paolo Serra, um conselheiro militar sênior do enviado das Nações Unidas para o país, Martin Kobler. Ex-colônia italiana, a Líbia sempre despertou muito interesse do governo italiano tanto pelas ligações históricas como pelo fato do país estar bem próximo de seu território.
A veracidade da mensagem não pode ser verificada de maneira independente, mas essa não seria a primeira vez que a Itália é ameaçada por um grupo terrorista. Constantemente, a nação é alvo de propaganda extremista produzida pelo EI (Estado Islâmico, ex-Isis).
