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Além de casal preso na Alemanha, outras duas pessoas dizem que tiveram as malas trocadas por carga de droga no aeroporto em São Paulo

Imagem mostra o momento em que funcionária de companhia aérea despacha bagagem com droga que levou brasileiras à prisão na Alemanha. (Foto: Reprodução)

Além das brasileiras presas na Alemanha após terem as malas trocadas por bagagens com drogas, outras duas pessoas disseram que tiveram malas trocadas por quadrilha de criminosos que age em aeroportos no mês de março, segundo a Polícia Federal.

Um dos casos aconteceu no dia 3 de março com uma passageira que também saiu do aeroporto de Goiás, com destino ao de Guarulhos, na Grande São Paulo, para seguir para a França.

A mala da vítima foi apreendida no aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, mas ela não foi presa porque no aeroporto outros dois homens integrantes da quadrilha tentaram pegar a bagagem com a droga antes dela. Um deles é brasileiro. Eles não têm relação com a passageira e estão presos.

O caso é semelhante ao das duas goianas que permanecem detidas há mais de um mês na Alemanha, suspeitas de tráfico internacional de drogas.

No dia 26 de março um outro brasileiro — um homem que nasceu em Goiás e pegou voo no aeroporto em Guarulhos — foi detido com malas com drogas em Lisboa, em Portugal.

Ele chegou a alegar que teve as malas trocadas. O homem foi preso e ainda está detido.

O casal Kátyna Baía e Jeanne Paollini seguia viagem à Europa quando teve as malas trocadas no aeroporto em São Paulo. A Polícia Federal disse que já provou que elas são inocentes. O caso delas deu início às investigações.

Vídeos exclusivos do programa Fantástico, da TV Globo, mostram quando duas mulheres integrantes de um grupo criminoso chegam ao Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, despacham bagagens com droga que levaram brasileiras à prisão na Alemanha, e vão embora em 3 minutos.

O Fantástico exibiu imagens de todo o passo a passo desde que Kátyna e Jeanne saíram de casa, em um apartamento em Goiânia, até entrarem no Aeroporto Santa Genoveva, na capital de Goiás. Câmeras do edifício registraram Jeanne com uma mala rosa e Kátyna com uma bagagem preta, às 6h04 do dia 4 de março, descendo pelo elevador do prédio. Era o começo das férias de 20 dias pela Alemanha, Bélgica e República Tcheca.

Como o grupo agia

De acordo com a Polícia Federal, as malas eram trocadas dentro da área restrita do aeroporto Internacional de São Paulo. O local é monitorado, mas o grupo fazia a troca em uma área onde havia um ponto cego das câmeras.

O grupo recebia a mala com drogas, retirava a etiqueta que as vítimas recebiam no momento do check-in com sua identificação e incluía na mala com drogas.

Depois disso, as malas eram embarcadas e iam ao destino final, a Europa. No aeroporto internacional de destino, os criminosos pegavam as malas sem que as vítimas soubessem que a carga com drogas tinha sido recebida com sua identificação.

Segundo a Polícia Federal, o caso passou a ser investigado após a prisão das brasileiras, que negaram envolvimento com o tráfico internacional. Nesta semana, a PF prendeu seis pessoas envolvidas na quadrilha que, segundo a investigação, trocou as etiquetas das malas de Kátyna e Jeanne. As informações são do portal de notícias G1.

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