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Alexandre de Moraes determina prisão de Alan Diego dos Santos, condenado por armar bomba em caminhão perto do Aeroporto de Brasília

A PM detonou o explosivo. O caso não impactou as operações no aeroporto. (Foto: Reprodução)

Alan Diego dos Santos Rodrigues, condenado por armar uma bomba na entrada do Aeroporto de Brasília em dezembro de 2022, foi preso na última quinta-feira (26). O homem foi detido no Mato Grosso.

O mandado de prisão preventiva foi expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes na quarta-feira (25). A audiência de custódia foi na sexta-feira (27).

Na decisão, o ministro Alexandre de Moraes entendeu que há risco de fuga ou de novas práticas criminosas. Alan, no entendimento do ministro, descumpriu medidas cautelares, como uso de tornozeleira e comparecimento à Justiça em datas marcadas. A prisão atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República.

Em 2023, Alan Diego dos Santos Rodrigues foi condenado a 5 anos e 4 meses de reclusão por armar uma bomba na entrada do Aeroporto de Brasília.

Em 2024, a Vara de Execuções Penais do Distrito Federal (VEP/DF) concedeu progressão ao regime aberto a Alan Rodrigues. Ele cumpria a pena em prisão domiciliar e foi transferido para a comarca de Comodoro, Mato Grosso.

Além de Alan Diego dos Santos Rodrigues, também foram alvos de mandados de prisão:

– Wellington Macedo de Souza: câmeras de uma loja e do próprio caminhão onde a bomba foi plantada mostram o momento em que o carro de Wellington se aproxima lentamente do veículo. Ele estava junto de um cúmplice, o Alan Diego dos Santos Rodrigues, que foi o responsável por colocar a bomba no caminhão.

– George Washington de Oliveira: veio do Pará para Brasília participar de manifestações em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele foi preso ainda em 24 de dezembro, dia da tentativa de explosão de uma bomba nos arredores do Aeroporto de Brasília. De acordo com a polícia, ele foi o responsável por montar o dispositivo.

A determinação atendeu ao pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) que denunciou e pediu a prisão dos três alvos ao STF pelos crimes de:

– associação criminosa armada;

– tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;

– golpe de Estado;

– atentado contra a segurança de transporte aéreo.

Explosivo

De acordo com a Polícia Civil do DF, que conduziu a investigação, a ideia inicial dos criminosos era que o explosivo fosse colocado próximo a um poste para prejudicar a distribuição de energia elétrica na capital federal.

De última hora, a decisão mudou, e o objetivo foi colocar o artefato em um caminhão carregado de querosene de aviação.

O motorista do caminhão percebeu que havia um “objeto estranho” no caminhão e chamou a Polícia Militar.

A PM detonou o explosivo. O caso não impactou as operações no aeroporto.

Alan Diego dos Santos Rodrigues, o outro condenado, confessou à Polícia Civil, no dia 19 de janeiro, que recebeu a bomba no acampamento bolsonarista em frente ao Quartel-General do Exército.

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