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Alexandre de Moraes marca no Supremo depoimentos de Bolsonaro e mais sete réus pela tentativa de golpe

A retenção assinada pelo ministro Alexandre de Moraes em agosto daquele ano atendeu um pedido da Polícia Federal. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou para a próxima segunda-feira (9) o início dos interrogatórios dos réus da ação penal da trama golpista.

As audiências começarão com o depoimento de Mauro Cid, que é colaborador, e na sequência os réus serão ouvidos em ordem alfabética. Falarão Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Jair Bolsonaro, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto.

Os depoimentos ocorrerão de forma presencial, no STF, com exceção de Braga Netto, que será ouvido em videoconferência porque está preso preventivamente, no Rio de Janeiro.

Moraes deixou agendada a semana para interrogatórios. Na próxima segunda, das 14h às 20h, na terça, das 9h às 20h, na quarta, das 8h à 10h, na quinta, das 9h às 13h, e na sexta, das 9h às 20h. “Se ainda assim houver necessidade serão agendadas novas datas para finalizarmos os interrogatórios.”

O anúncio das datas foi feito por Moraes no fim das audiências com as testemunhas na ação. Nas últimas duas semanas, 52 pessoas foram ouvidas, indicadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelas defesas.

A última testemunha, que prestou depoimento nessa segunda (2), foi o senador Rogério Marinho (PL-RN), ex-ministro de Bolsonaro.

Marinho negou ter tratado de golpe com Bolsonaro e Braga Netto após o segundo turno. Ele disse que tratou com Bolsonaro somente sobre eleição para a presidência do Congresso e sobre a situação do partido deles. E com Braga Netto ele relatou que se encontrou com ele duas vezes no Alvorada e que o foco das conversas foi a situação do PL.

Com o depoimento de Marinho, foram 52 testemunhas ouvidas pelo Supremo nesta ação. Todas as audiências foram coordenadas pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, e foram realizadas por videoconferência nas últimas duas semanas. Foram cinco testemunhas de acusação e 47 das defesas, ao todo. Duas declarações foram feitas por escrito.

Moraes agradeceu a todos ao encerrar a fase de audiências. “Quero aqui antes de continuar, agradecer a todos os advogados e advogadas e ao PGR e hoje ao vice-PGR pela lhaneza, pela educação, pela colaboração de todos nessas pouco mais de duas semanas que nós convivemos aqui por videoconferência ouvindo como disse essas 52 testemunhas”, afirmou.

Próxima etapa

Próxima etapa do processo. Após os interrogatórios, deve ser aberto um prazo para todas as partes pedirem novas diligências. Advogados e a Procuradoria-Geral da República podem solicitar mais informações, pedir a produção de provas ou até eventualmente alguma perícia. (As informações são do jornal O Globo e do portal UOL)

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